Audiência pública reúne centenas de pessoas em praça

À 1h30 da manhã, Sebastião Rodrigues Galvão acordou cedo e pegou um ônibus de Iporá, cidade onde reside, para Goiânia, com a intenção de chegar cedo à Praça Cívica.

Fonte: TJGO

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À 1h30 da manhã, Sebastião Rodrigues Galvão acordou cedo e pegou um ônibus de Iporá, cidade onde reside, para Goiânia, com a intenção de chegar cedo à Praça Cívica. O motivo era participar da audiência pública, onde o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, desembargador Paulo Teles, iria conversar com cidadãos para saber como as pessoas vêem o Judiciário goiano. E foi ele a primeira pessoa a conversar com o desembargador presidente nesta manhã de quarta-feira (21). O assunto era sobre um processo de reintegração de posse de um lote em Valparaíso que tramita há 14 anos e até hoje está sem solução. Encaminhado ao juiz auxiliar da presidência, Enyon Artur Fleury, foi orientado a procurar seu advogado e informado que será avisado via telefone sobre o andamento do seu processo. .?Já dei muita pernada por aí e vim aqui buscar Justiça e estou satisfeito por ter sido orientado rápido?, disse Sebastião.

Juntamente com juízes, desembargadores e servidores do TJGO, Teles estava antes da 7 horas pronto para atender a população. ?O Tribunal veio à Praça Cívica para que as pessoas vejam o juiz como um líder comunitário que está próximo ao povo?, afirmou. Segundo ele, a idéia da ação nasceu após perceber que a população encara o juiz com timidez e reverência e a intenção é desmitificar isso. ?O objetivo é que as pessoas vejam o desembargador e o juiz como pessoas comuns?, pontuou.

Paulo Teles destacou ainda que as pessoas querem ser ouvidas.?Não dá ainda para avaliar os resultados dessa audiência, talvez, por ser a primeira ação do Judiciário nesse sentido , possa haver um certo afastamento das pessoas?, frisou. Mas não foi o que aconteceu. Às 10 horas, centenas pessoas lotavam a tenda armada em frente ao Palácio das Esmeraldas para sugerir, reclamar e, principalmente, tirar dúvidas sobre processos e direitos. Dentre eles, familiares de Pedro Henrique, bacharel em Direito de 23 anos, morto a tiros por um policial no ano passado. A mãe do rapaz, Maria do Rosário Queiróz, solicitou ao presidente do TJGO que as audiências do processo sejam feitas com mais agilidade.

?Senti uma força muito grande por parte do Dr. Paulo e ele disse que há a possibilidade de se ter um andamento mais rápido nas audiências?, disse Maria do Rosário.

Segundo o juiz auxiliar da presidência, Enyon Artur Fleury, a audiência pública foi a maneira encontrada por Teles para uma maior aproximação com os cidadãos, no ensejo de verificar a credibilidade e o que as pessoas pensam sobre o Judiciário goiano. ? É uma oportunidade das pessoas perceberem que o Judiciário está no mesmo nível do cidadão e nessa relação existe igualdade e respeito mútuo. O magistrado destacou ainda que o planejamento estratégico da gestão 2009-2011 prevê metas para verificar a imagem do Tribunal e outra relacionada à Ouvidoria, que intenciona responder 95% dos casos em que é procurada.

Também estavam presentes pela manhã na audiência os juizes auxiliares Wilton Muller Salomão e Aureliano de Albuquerque Amorim, os juízes-corregedores Carlos Magno Rocha da Silva e Wilson Safatle Faiad, o diretor do Foro de Goiânia, Carlos Elias da Silva, o diretor-geral do TJGO, Stenius Lacerda Bastos, o ouvidor-geral, José Izecias, além de outros juízes e servidores. Ainda compareceram ao local Elcy Santos de Melo, representando a Prefeitura de Goiânia, Fernando Braga Vigiano, representando o Ministério Público, o secretário geral da OAB, seção Goiás, Celso Beltamino, representando Miguel Cançado e o vereador Anselmo Pereira, vice-presidente da Câmara Municipal.

A audiência pública continua até quinta-feira (22), às 18 horas.

Palavras-chave: audiência

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