Assembléia de servidores do judiciário decide continuar em greve

Na avaliação da OAB SP, como a greve atinge em média 30% dos serviços forenses do Estado, já se pode estimar que cerca de 240 mil processos estariam sendo represados, 82 mil audiências não teriam sido realizadas e 192 mil sentenças não haviam sido prolatadas.

Fonte: OAB-SP

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A greve dos servidores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) chega ao 64º dia, sendo que a assembléia dos servidores do Judiciário Estadual, nesta quarta-feira (30/6), na Praça João Mendes, decidiu pela continuidade da greve. O presidente D´Urso já encaminhou três pedidos de suspensão de prazo ao TJ-SP.

?Lamento essa decisão dos servidores, pois trará mais prejuízos à cidadania e aos advogados. Não se trata de processo, de papel, mas da vida das pessoas que continuam aguardando solução para os conflitos que trouxeram à Justiça?, diz Luiz Flávio Borges D´Urso, presidente da OAB SP.

Na avaliação da OAB SP, como a greve atinge em média 30% dos serviços forenses do Estado, já se pode estimar que cerca de 240 mil processos estariam sendo represados, 82 mil audiências não teriam sido realizadas e 192 mil sentenças não haviam sido prolatadas. ?Quem vai pagar esse prejuízo? Em 2004, quando a Justiça parou 3 meses, muitos escritórios fecharam porque não conseguiam mais pagar o salário do pessoal administrativo, nem arcar com as despesas ordinárias desses escritórios?, ressaltou D´Urso.

O presidente da Ordem ressalta que já pediu em três oportunidades a suspensão de prazos ao Tribunal de Justiça de São Paulo, nos dias 5 de maio, 10 e 14 de junho. ? Caminhamos para o terceiro mês de greve do Judiciário e não vemos solução para o impasse. Dessa forma, os advogados continuam correndo atrás dos prazos, tendo de comparecer a cartórios, onde não são atendidos, e as audiências que não se realizam. Em suma não podendo trabalhar?, adverte.

D´Urso pondera, ainda, que a OAB SP sempre apoiou as reivindicações dos servidores por reposição salarial de 20,6% e melhores condições de trabalho; assim como atuou pela aprovação do projeto de cargos e salários; mas não pode tolerar a greve pelos prejuízos que causa.

Em 2004, quando os servidores do Judiciário realizaram sua maior greve na história ? 91 dias. Na época, 600 mil sentenças deixaram de ser assinadas e 400 mil audiências não foram realizadas e cerca de 1,2 milhão dos processos foram represados.

Na Justiça Trabalhista (TRT-2) a situação é igualmente preocupante. Segundo o secretário-geral da OAB SP, Sidney Uliris Bortolato Alves, cerca de 90% das Varas trabalhistas estão paradas. ?A greve penaliza ainda mais o cidadão na Justiça Trabalhista, onde a maioria das causa são de baixo valor e tem caráter alimentar?, diz Bortolato Alves. ?Lamento essa decisão dos servidores, pois trará mais prejuízos à cidadania e aos advogados. Não se trata de processo, de papel, mas da vida das pessoas que continuam aguardando solução para os conflitos que trouxeram à Justiça?, diz Luiz Flávio Borges D´Urso, presidente da OAB SP.

Na avaliação da OAB SP, como a greve atinge em média 30% dos serviços forenses do Estado, já se pode estimar que cerca de 240 mil processos estariam sendo represados, 82 mil audiências não teriam sido realizadas e 192 mil sentenças não haviam sido prolatadas. ?Quem vai pagar esse prejuízo? Em 2004, quando a Justiça parou 3 meses, muitos escritórios fecharam porque não conseguiam mais pagar o salário do pessoal administrativo, nem arcar com as despesas ordinárias desses escritórios?, ressaltou D´Urso.

O presidente da Ordem ressalta que já pediu em três oportunidades a suspensão de prazos ao Tribunal de Justiça de São Paulo, nos dias 5 de maio, 10 e 14 de junho. ? Caminhamos para o terceiro mês de greve do Judiciário e não vemos solução para o impasse. Dessa forma, os advogados continuam correndo atrás dos prazos, tendo de comparecer a cartórios, onde não são atendidos, e as audiências que não se realizam. Em suma não podendo trabalhar?, adverte.

D´Urso pondera, ainda, que a OAB SP sempre apoiou as reivindicações dos servidores por reposição salarial de 20,6% e melhores condições de trabalho; assim como atuou pela aprovação do projeto de cargos e salários; mas não pode tolerar a greve pelos prejuízos que causa.

Em 2004, quando os servidores do Judiciário realizaram sua maior greve na história ? 91 dias. Na época, 600 mil sentenças deixaram de ser assinadas e 400 mil audiências não foram realizadas e cerca de 1,2 milhão dos processos foram represados.

Na Justiça Trabalhista (TRT-2) a situação é igualmente preocupante. Segundo o secretário-geral da OAB SP, Sidney Uliris Bortolato Alves, cerca de 90% das Varas trabalhistas estão paradas. ?A greve penaliza ainda mais o cidadão na Justiça Trabalhista, onde a maioria das causa são de baixo valor e tem caráter alimentar?, diz Bortolato Alves.

Palavras-chave: TJSP

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1 Comentários

Marcus Salles OJ02/07/2010 22:14 Responder

Se mesmo após 60 dias a OAB ainda não entendeu que sem serventuário nao há Justiça, então temo que nunca aprenda. A OAB não apoia o servidor, mas apoia o TJSP. Ora os funcionários são vidas e não papel. Eles precisam comer, se vestir e pagar suas contas. A OAB prestaria um favor à sociedade se unisse forças ao Movimento Grevista. Como não faz, também não tem solução. OAB aguardamos seu reposicionamento.

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