O advogado Yvan Gomes Miguel, que defende Luiz Eduardo Cirino, assassino confesso do casal morto a facadas na última sexta-feira, no bairro de Perdizes, na capital paulista, irá ingressar com pedido de liberdade provisória amanhã, por volta das 14h, no Fórum da Barra Funda, na zona central de São Paulo. Ele pedirá a liberdade com base nos fatos de que Cirino se entregou e possui residência fixa.

"Não é uma discussão de fato. Queremos que a lei seja aplicada dentro do limite e que não vire um massacre", disse Miguel.

O advogado reafirmou que Cirino está muito arrependido e ressaltou que ele não é um criminoso frio, já que se entregou à polícia. Segundo o profissional, o fato de o filho do casal, Rogério Tavares, 42 anos, ter sido apontado como suspeito injustamente, e o dono da casa, Sebastião Tavares, 71 anos, ter morrido em seus braços, pesaram na hora de Cirino resolver se entregar e não fugir.

De acordo com o advogado, Cirino contou o crime para a mãe e alegou que estava arrependido. Ela disse que ele tinha duas opções: fugir para longe ou tomar uma atitude de homem e se entregar. O homem optou pela segunda opção. "Ele quis se confessar antes de se apresentar à polícia, pois é religioso", disse Miguel.

O advogado levou nesta tarde para Cirino, que está preso no 77º DP (Santa Cecília), à pedido da mãe, uma Bíblia, biscoitos e uma muda de roupa. Segundo Miguel, a mãe disse para o filho ficar tranqüilo, porque ela continuaria a dar apoio a ele.