Acusado por porte ilegal de armas, ex-PM é ouvido no TJ

O juiz José Nilo Ferreira, titular da 2ª Vara Criminal de Santa Cruz, ouviu o ex-PM Ricardo Teixeira Cruz, o "Batman", um dos integrantes do grupo conhecido como "Liga da Justiça", milícia que atuava na Zona Oeste da cidade.

Fonte: TJRJ

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O juiz José Nilo Ferreira, titular da 2ª Vara Criminal de Santa Cruz, ouviu nesta quarta-feira, dia 22, o ex-PM Ricardo Teixeira Cruz, o "Batman", um dos integrantes do grupo conhecido como "Liga da Justiça", milícia que atuava na Zona Oeste da cidade. O interrogatório ocorreu durante Audiência de Instrução e Julgamento de um processo onde ele é acusado por receptação, porte, posse e transporte ilegal de armas. Foram colhidos também depoimentos de quatro testemunhas de acusação, sendo dois delegados e um inspetor da Polícia Civil, integrantes do CORE, e da esposa do acusado.

Batman estava foragido desde 28 de outubro de 2008, quando fugiu pela porta da frente do complexo penitenciário Bangu 8. Através do Serviço de Inteligência da Polícia, o réu vinha sendo rastreado e foi localizado em uma casa no bairro de Campo Grande. A partir daí, segundo os policiais, no último dia 13 de maio foi montada uma operação especial para prendê-lo, que contou com a participação de mais de 10 homens, quatro viaturas e um helicóptero. Os policiais cercaram o imóvel e deram voz de prisão a Batman, que acabou se rendendo. Foram encontrados no interior da residência, dois fuzis calibre 762, duas pistolas da marca Glock, uma 9 mm e outra 45, uma bolsa com granadas e mais de 20 carregadores municiados.

A esposa de Ricardo, Elaine dos Santos, afirmou que estava com uma amiga dentro da casa onde Batman foi preso durante a operação policial, porém não presenciou a apreensão das armas. "Eu fiquei muito nervosa e chorei muito quando os policiais chegaram. Não vi nada e não sabia da existência de arma alguma", contou Elaine, que foi liberada logo em seguida. Ela contou ainda que vive com Ricardo há 17 anos e que é legalmente casada há cinco. Disse também que quando o conheceu, Ricardo já não era mais PM, porém não soube dizer o motivo.

Em seu depoimento, Ricardo, de 41 anos, falou que foi policial militar de 87 a 91, e que foi excluído da corporação por indisciplina. Depois da expulsão, trabalhou como segurança e, posteriormente, como promotor de eventos. Contou ao juiz que responde também a processos por extorsão e formação de quadrilha. Ele explicou que a casa onde estava escondido não era dele, e sim de um amigo, um policial militar do Regimento de Polícia Montada de Campo Grande, que atende pelo nome de "André Oliveira". Dele também seriam as armas encontradas pelos policiais, cuja existência Ricardo revelou desconhecer. "Eu estava foragido e precisava de um lugar para ficar. Como o André já tinha me oferecido o local, eu o ajudei a mobiliar e a reformar a casa. Cheguei em um dia e fui preso no outro. Nenhuma dessas armas me pertence", esclareceu.

Com o fim da audiência, por volta das 15h30, o juiz atendeu à defesa do réu, que solicitou prazo de cinco dias para apresentar manifestação.

Palavras-chave: armas

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