PORTO VELHO - Preso nesta madrugada em Porto Velho, o adolescente de 17 anos acusado de matar o o sertanista Apoena Meireles confessou ter cometido o crime porque precisava de dinheiro. Filho de um funcionário público federal e uma enfermeira, o aluno de um colégio de classe média, disse que pegou emprestado um revólver para fazer o assalto.

- Já se confirmou que foi ele quem efetuou os disparos durante roubo. Foi um roubo mal-sucedido, do jeito que nós já havíamos anunciado anteriormente. Houve a reação e ele efetuou os disparos - afirma o diretor da Polícia Civil de Rondônia, Carlos Eduardo Ferreira.

O governo federal, no entanto, não considera o caso encerrado. O Ministério da Justiça vai aguardar um relatório da Polícia Federal de Rondônia para decidir se envia uma equipe de Brasília para fazer novas investigações.

A polícia chegou ao acusado depois de receber uma denúncia anônima. A roupa que o jovem vestia na noite do crime e a bicicleta usada na fuga foram encontradas na casa dele. O adolescente já foi transferido para a Juizado da Infância e Juventude.

O sertanista Apoena Meirelles foi assassinado no último sábado numa agência bancária. Ele levou dois tiros no abdômen. A funcionária da Funai que estava com Apoena no momento do crime reconheceu o adolescente.

- Não tenho nenhuma dúvida. Foi ele mesmo - garante ela.

Em entrevista à Rádio Nacional AM, Ferreira disse que ainda vai continuar investigar como o suposto assassino adquiriu a arma usada no crime.

- Ele diz que pegou emprestado a arma, mas ainda estamos investigando. Nós achamos que ele não está falando a verdade sobre a obtenção da arma e como teria se desfeito dela. Segundo ele, a arma teria sido entregue a uma terceira pessoa, mas nós não acreditamos nessa hipótese e vamos continuar investigando esse detalhe.

O diretor aproveitou para criticar a falta de segurança dos caixas eletrônicos:

- Eu acho que os caixas eletrônicos são muito arriscados. Todo mundo sabe que a pessoa vai ao caixa, volta com alguma importância na mão e isso tem dado um aumento significativo nos roubos, tanto na porta como no interior dos bancos.

A polícia também vai ouvir dois rapazes que foram detidos com o celular de Apoena Meirelles. Eles teriam comprado o aparelho roubado durante um assalto.