O Tribunal do Júri de Ceilândia leva a julgamento popular nesta quarta-feira (25), a partir das 8h30, um rapaz de 19 anos acusado de tentar matar um policial por atropelamento após ter cometido um assalto. O crime aconteceu na tarde de 26 de outubro de 2012, na avenida M-3, altura da QNM 19 de Ceilândia.

Conforme a denúncia, cerca de meia hora antes da suposta tentativa de homicídio, L. V. de S., então com 18 anos, e outras duas pessoas teriam assaltado um estabelecimento comercial, levando R$ 165, uma aliança de ouro e um veículo Toyota Hilux. Consta do processo que a vítima, policial militar, recebera comunicado a respeito do assalto e do roubo da caminhonete. A equipe de policiais teria ficado posicionada na Avenida M-3 aguardando o veículo que se aproximou em alta velocidade. A vítima conta que desceu da viatura e permaneceu do lado de fora. O condutor da Hilux roubada teria atravessado o canteiro central e se posicionado na contramão da pista, jogando o veículo para cima da vítima.  Segundo a acusação, “o resultado da morte não se consumou por circunstâncias alheias à vontade do denunciado, pois a vítima, ao perceber que o veículo estava vindo em sua direção, ingressou rapidamente na viatura policial, evitando, assim, ser atingida em região de letalidade imediata. Além disso, foi socorrida e recebeu atendimento médico adequado.” Para o Ministério Público, o crime “foi praticado a fim de assegurar a impunidade e a vantagem de crime de roubo praticado momentos antes.”

L. S., que se encontra preso, foi pronunciado para responder perante júri popular por tentativa de homicídio qualificado, praticado para ocultar outro crime, e também por roubo (artigo 121, § 2º, inciso V, c/c artigo 14, II, ambos do Código Penal; e artigo 157, § 2º, incisos I e II, por três vezes, do Código Penal).