Uma corte da Finlândia julgou um caso pouco comum de acontecer nos consultórios: um médico "mamou" no seios da paciente de 20 de idade, durante um exame. O caso ocorrido em 2007 foi a Juízo e teve decisão final na semana passada. O médico - condenado em primeiro grau - terminou absolvido.

 
Na contestação e no julgamento da apelação, a defesa alegou que "o fato ocorreu com o consentimento da mulher". No depoimento prestado perante um juiz, a mulher admitiu ter "concordado com o fato", ressalvando que "assim o fizera por pensar ser necessário para a verificação da saúde".

 
Só alguns dias depois do fato - ao compartilhar o acontecimento com algumas amigas - a mulher foi orientada a ingressar em Juízo.

Segundo os autos processuais, um líquido estranho saia dos mamilo da paciente que, comprovadamente, não estava grávida. Afastou-se, então, desde logo, a possibilidade que se tratasse de colostro.

 
Segundo os compêndios médicos, o colostro "é amarelo, transparente, levemente salgado e com aparência aguada. No entanto tem maior valor nutritivo que o próprio leite e transmite ao bebê anticorpos da mãe, protegendo-o contra algumas doenças; depois de alguns dias o colostro vai clareando e tornando-se mais opaco, até chegar ao leite materno, que é definitivo".

 
Ainda segundo a defesa, "o médico, apenas para fins acadêmicos, ofereceu-se para provar o material, a fim de saber do que se tratava". A mulher concordou, ele provou e foi processado.

Face ao depoimento da cliente, o profissional da Medicina foi judicialmente absolvido. O juiz da causa concluiu que "dado o consentimento da paciente, não havia provas suficientes para provar que este procedimento especial heterodoxo era inadequado".