Abdala apóia intenção da Vale de atuar contra trabalho escravo

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Vantuil Abdala, considerou positiva e exemplar a intenção da Companhia do Vale do Rio Doce de colaborar com a campanha nacional de erradicação do trabalho escravo.

Fonte: Notícias do Tribunal Superior do Trabalho

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O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Vantuil Abdala, considerou positiva e exemplar a intenção da Companhia do Vale do Rio Doce de colaborar com a campanha nacional de erradicação do trabalho escravo. Um grupo de funcionários da empresa apresentou ao ministro uma proposta preliminar na qual está prevista a utilização da atual estrutura dos projetos sócio-educacionais da Companhia no combate ao trabalho escravo. Abdala disse que o TST e toda a Justiça do Trabalho poderão colaborar com essa iniciativa.

O grupo disse ao ministro que a Vale do Rio Doce tem condições propícias de contribuir com a campanha por atuar em regiões onde se registra a arregimentação de mão-de-obra escrava, como o Maranhão, e onde há alta incidência da prática dessa exploração, como o Pará. A idéia é desenvolver a campanha em projetos pedagógicos como o ?Trem da Cidadania?, realizado nos vagões que fazem o percurso Carajás-São Luís, e o programa de alfabetização que tem como ensinar, até 2007, 100 mil adultos a ler e escrever. O foco, portanto, seria pedagógico, voltado para as crianças e adultos, potencialmente sujeitos a ser submetidos ao trabalho degradante. ?A repressão é papel do Estado, mas podemos cooperar com a prevenção?, disse Olinta Cardoso Costa, diretora superintendente da Fundação Vale do Rio Doce.

Além dela, participaram da audiência com o presidente do TST o coordenador jurídico trabalhista da companhia, Rafael Grassi; o gerente geral de relações trabalhistas, Roberto Rui Figueiredo; Bernadete Angelo de Almeida, do departamento de Comunicação Institucional, e a consultora da empresa Maria Lúcia Di Iorio Pereira. Eles pediram ao presidente do TST sugestões de iniciativas de um trabalho conjunto com a Justiça do Trabalho.

O mesmo pedido foi feito à secretaria de Inspeção do Trabalho, Ruth Beatriz de Vasconcelos Vilela, ao diretor da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Armand Pereira; e à coordenadora do programa de combate ao trabalho escravo da OIT no Brasil, Patrícia Audi, em encontros que o grupo agendou com eles.

?Precisamos estimular a integração das empresas nas soluções sociais? defendeu o presidente do TST. Ele expôs ao grupo da companhia as iniciativas da Justiça de Trabalho de chegar até à população marginalizada, com a criação de Varas Itinerantes, como a que será inaugurada, brevemente, em Redenção, no Sul do Pará, uma região de alta incidência de trabalho escravo. O presidente do TST disse que é fundamental o desenvolvimento de campanhas educativas e a ampla divulgação de denúncias para combater a cultura escravagista, remanescente principalmente em regiões onde o Estado é ausente.

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