A 1ª Vara de Peruíbe condenou, na quarta-feira (22), 20 réus ligados à organização criminosa. Acusados pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, as penas somadas chegam a 200 anos de reclusão em regime inicial fechado, além de pagamentos de multa, que totalizam R$ 1,3 milhão.

O caso, denominado pela Polícia Civil do Estado de São Paulo como “Laranja Mecânica”, envolvia a comercialização de grande quantidade e variedade de entorpecentes ilícitos, dentre os quais 6.533 gramas de maconha, 8.170 gramas de cocaína e 2.590 gramas de crack. Em razão do elevado número de réus e de testemunhas de defesa e acusação, a audiência de instrução e julgamento, ocorrida em novembro de 2019, realizou-se no Plenário do Tribunal do Júri.

Na sentença, o juiz Anderson José Borges da Mota destacou as circunstâncias e as consequências do crime. “A associação criminosa possuía estreita ligação com o grupo organizado denominado ‘PCC’, aplicando, inclusive, seu código de conduta, circunstância esta que merece um maior grau de reprovabilidade, eis que a associação criminosa não só se empenhava na comercialização de entorpecentes, mas também servia como uma extensão da aludida organização criminosa, contribuindo, assim, para o seu fortalecimento e, consequentemente, enfraquecimento da organização estatal”, afirmou.

O magistrado completou: “O tempo de investigação demonstra que os componentes do grupo tinham uma estabilidade, predisposição para a prática do tráfico e contínua associação entre os envolvidos. Assim, havendo prova cabal da autoria dos acusados, materialidade e tipicidade do delito de associação criminosa descrito na denúncia, a solução condenatória é providência de rigor”, falou. Cabe recurso da decisão.

Processo nº 1500602-54.2017.8.26.0441