Epidemia de Dengue
A dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral e de evolução benigna na forma clássica e, grave quando se apresentar na forma hemorrágica. Hoje é a mais importante arbovirose, isto é, doença transmitida por artrópodes que afeta o homem e constitui-se em sério problema de saúde pública, especialmente, em países tropicais onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e proliferação do Aedes aegypti, principal mosquito vetor
No atual período de chuvas em
nosso país propicia que haja casos de dengue de forma intensificada. E, desde o
início de 2024, o Ministério da Saúde vem monitorando o crescimento da doença
já sendo classificada como epidemia.
É epidemia pois a ocorrência
de casos nas cinco regiões do Brasil, quando há número de casos acima do
esperado em diversas localidades simultaneamente. Porém, se a dengue apenas
tivesse atingido, mesmo em grande número, apenas regiões isoladas, seria
considerada um surto.
Lembremos que a epidemia se
caracteriza quando um surto acontece em diversas regiões. Uma epidemia a nível
municipal acontece quando diversos bairros apresentam uma doença, a epidemia a
nível estadual acontece quando diversas cidades têm casos e a epidemia nacional
acontece quando há casos em diversas regiões brasileiras.
Já pandemia situa-se em uma
escala de gravidade, sendo o pior dos cenários. E, ocorre quando uma epidemia
se espalha por diversas regiões do planeta. Em 2009, a gripe A ou gripe suína
passou de epidemia para pandemia quando a OMS começou a registrar casos nos
seis continentes do mundo. A AIDS, apesar de estar diminuindo no mundo, também
é considerada uma pandemia.
Por sua vez, a endemia não tem
relação com o aspecto quantitativo. É classificada como doença endêmica ou
típica de uma região quando acontece com maior frequência no local. As doenças
endêmicas podem ser sazonais. A febre amarela, por exemplo, é considerada uma
doença endêmica da região Norte do Brasil.
Do início de janeiro a 23 de
abril de 2023, o Brasil contabilizou 542.038 casos prováveis de dengue e 160
mortes pela doença. O volume de casos nesses poucos meses do ano chegou perto
do total de casos prováveis de dengue registrados no país em 2021, 544.460.
Os números, disponíveis no
último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, revelam um aumento de
113,7% nas infecções por esse vírus, transmitido pela picada do mosquito Aedes
aegypti[1],
em relação ao mesmo período de 2021.
Em alguns locais do país, a
situação é pior: no Centro-Oeste, o crescimento em comparação com o ano passado
foi de 253,8%. Até o momento, a região registrou 920 casos por 100 mil
habitantes — em segundo lugar aparece o Sul, com 427 casos por 100 mil.
Para o Aedes aegypti,
as chuvas são sinônimo de água parada, local onde os ovos do mosquito eclodem e
as larvas se desenvolvem até alcançarem a fase adulta.
A tendência, de acordo com o
que aconteceu nas temporadas anteriores, é que os casos de dengue continuem a subir
no país pelo menos até o meio de maio. A partir daí, com a chegada de
temperaturas mais baixas nas regiões Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste, os
registros devem voltar a cair.
Existem cinco sorotipos do
vírus, o que significa que uma mesma pessoa pode pegar dengue quatro vezes. O
problema é que ter um segundo ou um terceiro quadro da doença aumenta o risco
de sofrer com as formas mais graves.
Até o momento, são conhecidos cinco
sorotipos e dezoito linhagens do vírus da dengue. Atualmente, no Brasil,
circulam os sorotipos de dengue 1, 2, 3 e 4, em geral, denominados DENV1,
DENV2, DENV3 e DENV4.
Após a infecção por um tipo de
vírus da dengue, o organismo fica permanentemente imune a esse sorotipo. Mas a
infecção por um sorotipo não protege contra os outros. Por esse motivo, cada
pessoa pode se infectar quatro vezes pelo vírus da dengue.
A predominância de um ou de
outro sorotipo de dengue varia em diferentes regiões e ao longo do tempo. Neste
caso, depende da capacidade de disseminação e do percentual de pessoas ainda
não infectadas por esse sorotipo.
Qualquer um dos quatro
sorotipos de dengue (1, 2, 3 e 4) pode produzir infecções assintomáticas ou
quadros leves, graves e até mesmo óbitos.
A seguir, eis os sorotipos de dengue e como
tem sido a circulação deles no Brasil
Tipo 1[2] (DENV-1): O vírus da dengue tipo 1 foi identificado pela
primeira vez em 1981, em casos isolados em Roraima. Ele começou a circular por
outras regiões do país a partir de 1986.
Tipo 2[3] (DENV-2): O vírus da
dengue tipo 2 foi identificado em 1990. Os tipos DENV-1 e DENV-2 têm
predominado nos últimos 4 anos.
Tipo 3 (DENV-3)[4]: O vírus da dengue do tipo 3 foi isolado em
2000 e se manteve como o sorotipo mais comum no país até 2016.
Tipo 4[5] (DENV-4): O vírus da
dengue tipo 4 foi identificado em casos isolados e restritos na Região Norte em
1981, porém, depois de 2010, ele passou a ser identificado em outras partes do
Brasil.
Tipo 5[6] (DENV-5): O vírus da
dengue do tipo 5 surgiu, pela primeira vez, em 2007, na Malásia, no continente asiático.
Até o momento, não foi identificado nenhum caso no Brasil.
O Brasil é o primeiro país do
mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal. O Ministério da
Saúde incorporou a vacina contra a dengue em dezembro de 2023. A inclusão foi analisada
de forma célere pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias
no SUS), que recomendou a incorporação.
O público-alvo, em 2024, serão
crianças e adolescentes, faixa etária que concentra o maior número de
hospitalização por dengue. O esquema vacinal é composto por duas doses com
intervalo de três meses entre elas.
Segundo a pasta os estudos
feitos pela farmacêutica que desenvolveu o imunizante não possuíam informações
suficientes sobre a segurança da substância para pessoas com mais de 60 anos.
Como o esquema de vacinação
consiste de três doses que devem ser administradas em intervalos de seis meses,
a proteção contra a doença será atingida após a administração do esquema
completo de três doses, ou seja, um ano depois da administração da primeira
dose.
A Secretaria Municipal de
Saúde da cidade do Rio de Janeiro (SMS) dá início à vacinação contra a dengue em
23/02/2024, de maneira escalonada, para a faixa de 10 (dez) a 14 (quatorze)
anos, conforme diretrizes do Ministério da Saúde.
A campanha começará pelas
crianças de 10 (dez) anos, que poderão se vacinar nesta sexta-feira, a partir
das 14h, em qualquer uma das 238 unidades de Atenção Primária do município.
O Ministério da Saúde
selecionou dez estados para dar início à imunização de crianças de 10 (dez) a
11 (onze) anos. O primeiro lote contemplará 315 municípios que atendem aos
critérios definidos pelo Ministério da Saúde em conjunto com o Conselho
Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias
Municipais de Saúde (Conasems).
Essa remessa atenderá a 60% do
total de 521(quinhentos e vinte e m) municípios selecionados. A previsão é que
as demais cidades recebam as doses até a primeira quinzena de março.
Distrito Federal
O Distrito Federal foi a
primeira unidade da federação a dar início à campanha de vacinação contra a
dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nos primeiros sete dias de campanha,
foram imunizadas 15.675 crianças de 10 (dez) e 11 (onze) anos contra a doença.
Goiás
O estado de Goiás iniciou
nesta quinta-feira (15) a vacinação contra a dengue de crianças com 10 e 11
anos. Mais de 151 mil doses foram distribuídas para 51 cidades selecionadas
pelo Ministério da Saúde. Na quinta-feira (15.2.2024), a Secretaria de Saúde
começou a distribuir as vacinas para as cidades de Abadiânia, Alexânia, Águas
Lindas de Goiás, Cidade Ocidental, Cristalina, Luziânia, Novo Gama, Santo
Antônio do Descoberto e Valparaíso de Goiás, Formosa e Planaltina de Goiás.
Mato Grosso do Sul
Em Campo Grande (MS), o imunizante
já está disponível em mais de 50 unidades básicas e de saúde da família
espalhadas pelas sete regiões urbanas do município. Em menos de uma semana de
campanha, a cidade ultrapassou a marca de 1 mil crianças de 10 a 11 anos
vacinadas contra a dengue. A primeira remessa de vacinas chegou ao município no
último sábado, com 24.639 doses. O governo do Mato Grosso do Sul recebeu do
Ministério da Saúde 69.570 doses de vacina contra a dengue e começou a
distribuição para atender 76 municípios do estado.
Bahia
Salvador iniciou a vacinação
contra a dengue nesta quinta-feira (15) em 30 postos de saúde. A Secretaria
Municipal da Saúde recebeu o primeiro lote da vacina com 56.493 doses. O estado
da Bahia recebeu as primeiras remessas da vacina com 70.368 mil doses que serão
destinadas aos municípios de Salvador, Lauro de Freitas, Vera Cruz, Madre de
Deus, São Francisco do Conde, Itaparica, Candeias, Santo Amaro, São Sebastião
do Passé e Saubara. Outras 32.290 doses foram destinadas para os municípios da
região de Feira de Santana e 17.450 para os municípios da região de Camaçari.
Maranhão
São Luís (MA) iniciou nesta
sexta-feira (16) a campanha de vacinação contra a dengue. Nesta primeira etapa,
a vacina será ofertada nas Unidades Saúde na Hora e, a partir da segunda-feira
(19), as doses estarão disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde,
Ambulatório de Especialidades Médicas Dr. Paulo Ramos e na APAE. De acordo com
a Secretaria de Estado da Saúde, além da capital, outros quatro municípios
prioritários realizarão, nesta fase, a aplicação da primeira dose da vacina
contra a dengue, entre crianças de 10 a 11 anos: São José de Ribamar, Paço do
Lumiar, Raposa e Alcântara. Ao todo, foram encaminhadas ao Maranhão 40.610
doses.
Acre
A prefeitura de Rio Branco
(AC) também começou a vacinar crianças e adolescentes de 10 a 11 anos nesta
sexta-feira (16). Foram disponibilizadas 11,5 mil doses do imunizante para a
capital. O Acre recebeu 17.810 doses da vacina que vão ser distribuídas entre
11 municípios: Acrelândia, Bujari, Capixaba, Jordão, Manoel Urbano, Plácido de
Castro, Porto Acre, Rio Branco, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira e Senador
Guiomard.
Rio Grande do Norte
Em Natal (RN), a imunização
deve começar na próxima segunda-feira (19). O primeiro lote da vacina, com
45.190 doses, chegou ao estado na última quinta-feira (15). Na primeira fase da
campanha, serão imunizados jovens de 10 a 11 anos de 19 cidades. Os municípios
contemplados no estado são: Natal, São Gonçalo do Amarante, Macaíba, Extremoz e
Parnamirim, na Região Metropolitana; Mossoró, Baraúna, Apodi, Upanema, Tibau,
Governador Dix-sept Rosado, Felipe Guerra, Caraúbas, Serra do Mel, Areia
Branca, Messias Targino, Grossos, Janduís e Campo Grande, no Oeste Potiguar.
Paraíba
Em João Pessoa (PB), a vacinação contra a dengue começa na próxima segunda-feira (19). A secretaria estadual de saúde distribuiu as 37.040 doses da vacina Qdenga para os 14 municípios, que iniciarão a operacionalização da vacinação no público-alvo. A maioria dos municípios iniciará a vacinação a partir da próxima segunda-feira (19). Cada município tem autonomia para definir o calendário de imunização e as estratégias que serão utilizadas para vacinar o público-alvo. Além de João Pessoa, vão iniciar a vacinação as cidades de Santa Rita, Cabedelo, Bayeux, Conde, Caaporã, Sapé, Alhandra, Pitimbu, Cruz do Espírito Santo, Lucena, Mari, Riachão do Poço e Sobrado.
São Paulo
Em São Paulo, ainda não há
previsão para o início da vacinação. A Secretaria de Estado da Saúde enviou
79,4 mil doses de vacina contra a dengue ao Grupo de Vigilância Epidemiológica
(GVE) de Mogi das Cruzes nesta quinta-feira (15.2.2024) para que sejam
distribuídas aos 11 municípios do Alto Tietê, previamente definidos pelo
Ministério da Saúde: Guarulhos, Suzano, Guararema, Itaquaquecetuba, Ferraz de
Vasconcelos, Mogi das Cruzes, Poá, Arujá, Santa Isabel, Biritiba-Mirim e para
Salesópolis. A aplicação da vacina seguirá calendário e estratégia dos próprios
municípios.
Amazonas
O Amazonas recebeu 78.760
doses da vacina contra a dengue enviadas pelo Ministério da Saúde. A vacina
contra a dengue será destinada a 12 municípios do estado: Manaus, Iranduba,
Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Barcelos, São Gabriel da Cachoeira,
Careiro, Nova Olinda do Norte, Manaquiri, Santa Isabel do Rio Negro, Autazes e
Careiro da Várzea.
"A Dengvaxia®, produzida
pela empresa Sanofi Pasteur, foi a primeira vacina contra a dengue aprovada
pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e disponibilizada no
Brasil, em 2015. A vacina, que previne a dengue causada pelos sorotipos 1, 2, 3
e 4, só pode ser administrada em pessoas de 9 a 45 anos de idade que já tiveram
dengue, além de ser disponibilizada apenas em clínicas particulares.
Em março de 2023, foi aprovada
pela Anvisa a segunda vacina contra a dengue para aplicação no país, a Qdenga®,
desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma. A vacina foi oferecida
apenas em clínicas particulares até janeiro de 2024, quando foi incorporada ao
SUS (Sistema Único de Saúde).
Com isso, a Qdenga® passou a
integrar o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e passou a ser oferecida pelo
sistema público a partir de fevereiro de 2024. A vacina também pode ser
encontrada na rede privada, porém a farmacêutica emitiu nota informando que
priorizará a demanda do Ministério da Saúde, limitando o fornecimento de
vacinas na rede privada."
A aplicação da vacina da
dengue pode gerar algumas reações que variam de leve a moderada e que
geralmente ocorrem nos dois primeiros dias após a aplicação da vacina. Entre as
reações mais comuns, estão: dor no local da aplicação; dor de cabeça; dor
muscular; vermelhidão no local da aplicação; mal-estar; fraqueza; febre."
Em fevereiro de 2024,
iniciou-se a vacinação contra a dengue pelo SUS, de forma gratuita, com uso da
vacina Qdenga®. A princípio, a vacinação não será em larga escala, mas
destinada a públicos e a regiões prioritárias, que apresentam altos índices de
hospitalização pela dengue. O primeiro grupo a receber a vacina serão as
crianças e os adolescentes entre 10 (dez) e 14 (quatorze) anos. Ao longo do ano
de 2024, serão disponibilizadas pelo SUS cerca de 6,2 milhões de doses da
vacina.
A vacina contra a dengue
desenvolvida pelo Instituto Butantan (Butantan-DV) mostrou uma eficácia de
79,6% para evitar a doença, de acordo com o estudo clínico de fase 3. Os dados
são de um acompanhamento de dois anos com mais de 16 mil indivíduos de todo o
Brasil. Durante esse período, não foi reportado nenhum caso grave de dengue nos
participantes.
O resultado positivo é fruto
de um trabalho de mais de dez anos com parceiros internacionais e pode ter
grande impacto na saúde pública brasileira. Até dezembro de 2022, o Brasil
registrou 1,4 milhão de casos e 978 óbitos pela doença, um aumento de 172,4% e
400% em relação ao ano anterior, segundo o Ministério da Saúde.
A Butantan-DV é derivada de
uma tecnologia do Instituto Nacional de Saúde Americano (NIH) licenciada em
2009. A instituição americana cedeu as patentes e os materiais biológicos
referentes às quatro cepas virais que compõem a vacina da dengue, permitindo
que o Butantan produza e distribua o imunizante no Brasil.
Em 2018, o instituto assinou
um acordo de colaboração e licenciamento com a farmacêutica multinacional MSD,
em uma ação conjunta para acelerar o desenvolvimento e registro do produto.
É necessário promover,
exaustivamente, a Educação em Saúde até que a comunidade adquira conhecimentos
e consciência do problema para que possa participar efetivamente. A população deve
ser informada sobre a doença (modo de transmissão, quadro clínico, tratamento
etc.), sobre o vetor (seus hábitos, criadouros domiciliares e naturais) e sobre
as medidas de prevenção e controle.
Devem ser utilizados os meios de comunicação de massa pelo seu grande alcance e penetração social. Para fortalecer a consciência individual e coletiva, deverão ser desenvolvidas estratégias de alcance local para sensibilizar os formadores de opinião para a importância da comunicação/educação no combate à dengue; sensibilizar o público em geral sobre a necessidade de uma parceria governo/sociedade com vistas ao controle da dengue em todo o país e enfatizar a responsabilidade social no resgate da cidadania numa perspectiva de que cada cidadão é responsável por si e pela sua comunidade.
Referências
Agência Brasil. Seis
capitais deram início à vacinação contra a dengue em crianças. Disponível
em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2024-02/seis-capitais-deram-inicio-vacinacao-contra-dengue-em-criancas
Acesso em 23.2.2024.
Brasil. Ministério da Saúde.
Fundação Nacional de Saúde. Dengue: aspectos epidemiológicos, diagnóstico e
tratamento / Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde. – Brasília:
Fundação Nacional de Saúde, 2002. 20p.: il. – (Série A. Normas e Manuais
Técnicos, nº 176.
Jornal da USP. Vacina de
dose única do Butantan contra dengue é eficaz e seguirá para aprovação da Anvisa.
Disponível em:
https://jornal.usp.br/ciencias/vacina-de-dose-unica-do-butantan-contra-dengue-e-segura-e-eficaz-e-seguira-para-aval-da-anvisa/
Acesso em 23.2.2024.
Portal do Butantan. Notícias. Vacina
da dengue do Butantan tem eficácia de 79,6% mostram primeiros resultados da
fase 3. Disponível em:
https://butantan.gov.br/noticias/vacina-da-dengue-do-butantan-tem-eficacia-de-796-mostram-primeiros-resultados-da-fase-3
Acesso em 23.2.2024.
SOZZA, Nicole Fernanda. Vacina
da dengue. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/vacina-contra-dengue.htm Acesso
em 23.2.2024.
Notas:
[1]Aedes
aegypti é o mosquito transmissor da dengue e da febre amarela urbana. Menor
do que os mosquitos comuns, é preto com listras brancas no tronco, na cabeça e
nas pernas. Suas asas são translúcidas e o ruído que produzem é praticamente
inaudível ao ser humano. O macho, como de qualquer espécie, alimenta-se
exclusivamente de frutas. A fêmea, no entanto, necessita de sangue para o
amaduremento dos ovos que são depositados separadamente nas paredes internas
dos objetos, próximos a superfícies de água limpa, local que lhes oferece
melhores condições de sobrevivência. No momento da postura são brancos, mas
logo se tornam negros e brilhantes. Em média, cada mosquito vive em torno de 30
dias e a fêmea chega a colocar entre 150 e 200 ovos. Se forem postos por uma
fêmea contaminada pelo vírus da dengue, ao completarem seu ciclo evolutivo,
transmitirão a doença.
[2]
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de
início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de
cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás
dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são
comuns.
[3]
Dentre os mais comuns sintomas estão o surgimento súbito de febre alta, dor de
cabeça, dor no corpo, fraqueza, manchas avermelhadas, entre outros. As
complicações ocorrem, geralmente, quando a pessoa é exposta a um segundo
sorotipo do vírus, o que pode levar à dengue severa, anteriormente chamada de
dengue hemorrágica.
[4]
Entre os quadros mais gravosos, incluindo casos de dengue hemorrágica, também
podem ocorrer os seguintes sintomas, a saber: fortes dores no abdômen; vômito,
acúmulo de líquidos e sangramentos nas mucosas, incluindo boca, nariz e sistema
gastrointestinal.
[5]
O tipo 4 tem os mesmos sintomas (dores de cabeça, no corpo e articulações,
febre, diarreia e vômito) dos outros circulantes (tipo 1 e 2), e o tratamento é
feito da mesma forma, com repouso e hidratação. Os principais sintomas da
dengue são: Febre alta > 38.5ºC. Dores musculares intensas. Dor ao
movimentar os olhos. Mal estar. Falta de apetite. Dor de cabeça. Manchas
vermelhas no corpo.