Conhecer o mercado e ampliar seu conhecimento é a chave para empreender na advocacia, afirma especialista

O Mestre em Gestão de Negócios, Lucca Mendes, explica aos recém advogados como eles podem investir no próprio negócio

Fonte: Lucca Mendes

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Quando o recém formado na graduação de Direito é aprovado no Exame de Ordem Unificado, o momento é de alegria, mas também de apreensão. Afinal, agora serão traçados os primeiros passos da carreira, inclusive para quem deseja empreender.


Em entrevista, o advogado e Mestre em Gestão de Negócios, com linha de Pesquisa em Liderança em Escritórios de Advocacia, Lucca Mendes, esclareceu possíveis dúvidas daqueles novos advogados que pretendem investir e ter o seu próprio negócio no ramo da advocacia.


Quais os primeiros passos para quem passou na prova da OAB e pretende empreender?


A competitividade, a inovação e o foco no cliente têm alterado a dinâmica da prática jurídica, especialmente para aqueles que optam por atuar na advocacia privada. A especialização em uma área do direito específica, ou o conhecimento sobre tribunal ou esfera da justiça, passaram a ser requisitos prévios básicos, a partir de uma visão empreendedora do advogado.

O advogado empreendedor, a partir de então, não será apenas detentor de noções estritamente jurídicas, devendo estar atento ao desenvolvimento da sua carreira, independente da sua colocação enquanto autônomo ou como parte de um escritório de advocacia.


Quais são os principais aspectos que um advogado empreendedor deve considerar para garantir o sucesso de sua prática jurídica e oferecer um serviço de qualidade aos seus clientes?


Nesse contexto, três campos serão especialmente relevantes ao longo da trajetória do advogado empreendedor: organização e administração; estruturação de processos e serviços; identificação do valor percebido pelo cliente.

Para o primeiro campo, que envolve a organização e administração, ressaltamos o cuidado com aspectos operacionais e econômicos, garantindo de um lado a manutenção da atuação e dos elementos básicos de infraestrutura para a realização das atividades diárias e de outro a sustentabilidade da sua advocacia, enquanto negócio que deve oferecer também um retorno financeiro.

Quanto ao segundo campo, estruturação de processos, representa um passo essencial para otimizar a atuação. Na lógica de um profissional em início de carreira, é natural que em um primeiro momento várias atividades relevantes para o seu dia a dia profissional sejam realizadas de maneira individual. Com o avanço da complexidade, volume de trabalho e pessoas envolvidas, surgem divisões de trabalhos e responsabilidades que, se forem feitas sem o devido cuidado, conduzem a um cenário perigoso de falta de coordenação entre os agentes envolvidos nas entregas. A definição e formalização dos processos servirá para integrar todos os envolvidos para uma atuação integrada aos resultados pretendidos para aquela prática jurídica.

Por fim, a identificação do valor percebido pelo cliente será um farol para todos os demais pontos, e pauta a atuação do advogado empreendedor. A própria necessidade de mudança do perfil do advogado deriva da demanda dos clientes, que passam a exigir um serviço jurídico que enfrente não apenas uma controvérsia jurídica simples, mas também os ajude a enfrentar suas “dores” e sejam facilitadores de seus objetivos estratégicos.

A solução jurídica empreendedora será, portanto, aquela que também considerar esses três campos, aprimorando a administração da sua carreira ou escritório, estruturando processos e pautada nas necessidades dos clientes.


Qual conselho você daria para quem agora é advogado e pretende empreender?


Para quem agora é advogado e pretende empreender, meu conselho seria focar em desenvolver habilidades além do conhecimento jurídico. Empreender na advocacia requer uma compreensão profunda do mercado e das necessidades dos clientes. Além disso, é importante investir em networking, buscar parcerias estratégicas e estar sempre atualizado sobre as tendências e inovações no campo jurídico. A especialização em uma área específica do direito também pode ser um diferencial importante para se destacar no mercado. Por fim, não subestime a importância da organização e da gestão financeira eficiente para garantir o sucesso do seu empreendimento jurídico.


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