Depois do primeiro caso, houve várias denúncias envolvendo a mesma pessoa em delegacias situadas em Samambaia, Recanto das Emas e Águas Claras.

A estelionatária que prometia doar lotes aos pobres depois de ter recebido uma iluminação divina vai continuar presa. A 1ª Turma Criminal do TJDFT decidiu negar pedido formulado em habeas corpus, entendendo que o melhor é mantê-la no cárcere, para preservação da ordem pública. O julgamento ocorreu na sessão ordinária desta quinta-feira 10/04.

A promessa de doação aconteceu durante culto numa igreja evangélica. Segundo denúncia do Ministério Público, a estelionatária se apresentou diante da platéia, contou que tinha câncer e que havia recebido uma revelação divina para doar todos os terrenos que tinha. Os indícios reunidos até agora mostram que tudo não passava de enganação.

Para concorrer aos bens era preciso contribuir com a quantia de R$ 500,00, como uma espécie de adesão. Quando era questionada sobre a localização dos terrenos, a estelionatária informava que os lotes não poderiam ser mostrados porque estavam em fase de regularização. Então, para evitar invasões, segundo ela, era preciso deixá-los em sigilo.

O pedido de liberdade foi negado também pela 1ª instância. Na Turma, os advogados sustentaram que a paciente é primária, possui bons antecedentes, residência fixa, família estruturada e tem mais de 50 anos de idade.

A prisão foi mantida para garantia da ordem pública. Depois que o primeiro caso foi descoberto em Santa Maria, houve várias outras denúncias envolvendo a mesma pessoa em delegacias situadas em Samambaia, Recanto das Emas e Águas Claras.