Determinados prisão e bloqueio de bens de acusados de tráfico de drogas
Juíza concedeu mandados de prisão e apreensão em favor da "Operação Grumatã", o qual investiga uma rede de tráfico de drogas que teria como sede o município de Aral Moreira, MS
A Juíza substituta da 1ª Vara Judicial de Santo Antônio da Patrulha Elisabete Kirschke concedeu os mandados de prisão e de busca e apreensão cumpridos nesta manhã (28/11) dentro da Operação Grumatã, da Polícia Federal. A operação investiga uma rede de tráfico de drogas que teria como sede o município de Aral Moreira, Mato Grosso do Sul.
Além da prisão, a magistrada determinou ainda o sequestro de bens, bem como a quebra do sigilo bancário dos suspeitos: E.S., J.S., E.A., S.A., A.R., R.R., P.C.P. e L.S.. Quanto aos investigados E.S. e J.S. - respectivamente pai e filho e apontados como os chefes do império do tráfico - determinou que fossem recolhidos em presídio federal de segurança máxima, preferencialmente no de Catanduvas, Paraná.
Na decisão, a Juíza salientou estarem presentes indícios do envolvimento dos acusados com os delitos de tráfico de drogas e de associação para o tráfico, configurando uma verdadeira organização criminosa, hierarquicamente organizada e com estrutura invejável, salientou. Decretou a prisão dos acusados para garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal (em razão do perigo de fuga para o Paraguai). A ordem também foi motivada pela conveniência da instrução criminal, já que as investigações revelarem que a organização pretendia aliciar um mula para evitar a incriminação dos chefes da organização.
Organização
A magistrada destacou que as interceptações telefônicas revelam que E.S., já condenado a uma pena de 41 anos e atualmente no regime semiaberto, comanda a organização de dentro da cadeia, via telefone celular. O filho, J.S., é apontado pela polícia como sucessor do pai na organização.
A.A. e sua mulher, S.A., seriam os intermediários entre os chefes e o distribuidor da droga no Rio Grande do Sul, C.A., já preso em flagrante. Ele e a esposa, E.A., indicam as investigações, seriam os responsáveis por batizar a droga com outras substâncias e distribuí-la para os municípios do Vale dos Sinos e para Gravataí.
A decisão da Juíza foi dada no dia 30/10/2012.