Testemunhas confirmam acusações contra viúva de milionário

A filha da vítima disse que o pai era lavrador antes de ganhar o prêmio.

Fonte: TJRJ

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No segundo dia do julgamento dos acusados de matar o ganhador da Mega-Sena, Renné Senna, o depoimento de pelo menos três testemunhas de acusação fortaleceram os indícios contra a viúva do milionário, Adriana Ferreira de Almeida.  A audiência começou às 13h20 desta terça-feira, dia 29, no Fórum de Rio Bonito, e foi interrompida à noite pela juíza Roberta dos Santos Braga Costa. A previsão é que o julgamento recomece nesta quarta-feira, às 10h.


A primeira testemunha a depor foi Roberto Ramalho Guimarães, que administrava a Fazenda Nossa Senhora da Conceição quando Renné a comprou.  Ele chegou a trabalhar por 30 dias para o casal antes de ser demitido por Adriana.  Disse que chegou a presenciar os porteiros impedindo a entrada de parentes de Renné.


Perguntado se viu Adriana dar ordens neste sentido, declarou: “Renné não mandava nada. Ela era a lei lá”.


Amante confirma relações


A segunda testemunha, Robson Andrade de Oliveira, afirmou que teve relacionamento amoroso com Adriana em duas ocasiões: em 2005, durante quatro meses; e a partir do segundo semestre de 2006.  Ele confirmou o depoimento prestado na delegacia, no qual relata que Adriana lhe falou que já tinha todos os bens materiais, porém pretendia se separar porque não tinha liberdade e não mantinha relação sexual com o marido.


Disse que não mais mantiveram relações a partir do crime, embora não tenha havido um rompimento formal, mas sim um afastamento natural em razão da turbulência do caso.


O depoimento da filha da vítima, Renata Senna, durou três horas, sendo que durante duas horas ela foi questionada pelo advogado da viúva. Renata disse que o pai era lavrador antes de ganhar o prêmio.  Que ajudou a família com imóveis, carros e dinheiro. Comprou para ela uma casa em Itaipuaçu, no valor de R$ 350 mil, e que lhe dava uma mesada mensal de R$ 1.500.


Viúva gastava muito


Contou que o romance de Renné e Adriana começou no final de 2005 e que ela achou que “era por interesse”, pois o pai já não tinha as pernas, era mais velho, mas era rico. Segundo Renata, no início, Adriana tratava Renné bem.  Mas com o tempo, observou que ele ficava coma as feridas abertas, pois era diabético, e com a barba por fazer.


Afirmou que Adriana administrava o dinheiro e que gastava muito e disse que mencionou isto ao pai.  O milionário, segundo a filha, respondeu que sabia a mulher tinha, que desconfiava de ela ter um amante e que estava decidido a retirá-la do testamento.


Renata acusou Adriana de criar obstáculos para que ela e os tios tivessem contato com Renné.  Negou saber sobre o desejo do pai para que ela fizesse exame de DNA. Mas que, se ele pedisse, ela faria.  Por fim, declarou ainda não ter recebido parte de sua herança.


Além da viúva, estão sendo julgados Ronaldo Amaral de Oliveira, Marco Antonio Vicente e Janaína Silva de Oliveira da Costa.

 

Palavras-chave: Acusação; Viúva; Milionário; Julgamento; Mega-sena

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