MP quer analise de vídeo de agressores da Av. Paulista

Promotor da Infância e Juventude apura se homofobia teria sido o motivo das agressões

Fonte: Jornal Jurid

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O Ministério Público requisitou as imagens gravadas por câmeras de segurança de um prédio na Avenida Paulista, em São Paulo, que mostram cinco garotos agredindo gratuitamente três jovens que passeavam no último domingo (14/11). Segundo o promotor da Vara da Infância e Juventude Tales Cezar de Oliveira, um promotor designado para o caso deve analisar as cenas na tarde desta sexta-feira (19/11) para decidir se pedirá à Justiça a internação para quatro menores de idade suspeitos da agressão, motivada por homofobia.


Segundo as vítimas, que afirmam a heterosexualidade, os agressores teriam dito frases homofóbicas antes do ataque. O vídeo publicado pela imprensa mostra os três rapazes caminhando pela calçada e outros cinco cruzam o caminho, no sentido contrário, um deles com duas lâmpadas fluorescentes nas mãos. Sem qualquer motivo aparente, o agressor se aproxima da vítma e atinge o rosto da vítima com uma das lâmpadas. Em seguida, ele desfere novo golpe nas costas do jovem, que acaba reagindo. Na sequência seguranças de um prédio aparecem indo em direção à confusão. O desfecho, porém, não foi registrado pela câmera.


Os quatro adolescentes com idades entre 16 e 17 anos, suspeitos da agressão chegaram a ser apreendidos pela Polícia Militar, sendo levados ao 5º Distrito Policial e depois à Fundação Casa (extinta Febem), onde dormiram na ala de internação a espera do depoimento que teriam que prestar ao promotor do caso e a um juiz. Após isso, os jovens, que estavam acompanhados com pais e advogados foram liberados para aguardar o processo.


O quinto jovem suspeito, o maior do grupo com 19 anos, chegou a ser preso, mas por decisão da Justiça também foi liberado. Na ocasião os advogados haviam entrado com um habeas corpus alegando que residência fixa e trabalho em atividade lícita por parte do jovem. O maior também responderá a processo por lesão corporal motivada por homofobia, na esfera criminal.


Promotoria


"O fato de as vítimas dizerem que não são gays não importa para o processo. A apuração é que elas teriam sido agredidas por serem confundidas com gays. A motivação do ataque seria por homofobia. E isso será apurado", afirmou o promotor Tales de Oliveira por telefone ao G1.


Segundo Oliveira, a promotoria requisitou as imagens para juntar ao processo e verificar o que será feito em relação aos quatro menores. "O processo está em andamento, é juntar provas dos fatos para aguardar a sentença. Depois vai verificar que providência será tomada. A única coisa que pode acontecer diferente é o pedido de internação para os adolescentes. A promotoria vai analisar se vai pedir a internação mediante imagens. Essas imagens podem levar os meninos à internação, pode mudar o quadro probatório", disse Tales de Oliveira.


As mesmas imagens que serão analisadas pelo Ministério Público também deverão ser vistas pela Polícia Civil, que apura o envolvimento do jovem de 19 anos nas agressões. O G1 não encontrou o delegado José Matallo Neto, responsável pelo caso, para falar do assunto nesta sexta. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública, durante a tarde desta sexta será ouvido o depoimento do segurança que aparece nas imagens.


Além das agressões aos três jovens por suposta motivação homofóbica, os cinco jovens suspeitos também foram acusados de roubar um lavador de carros na região da Avenida Paulista no último domingo.


Defesa dos agressores


No dia 14, a mãe de um dos menores suspeitos, que pediu para não ter seu nome divulgado, chegou a pedir a punição ao próprio filho.


O advogado Orlando Machado, que defende um dos supostos agressores, disse no domingo passado que as agressões aos jovens não tiveram cunho homofóbico e foi uma confusão generalizada: "Eles atacaram e foram atacados. Foi uma briga. Não foi questão homofóbica de forma alguma. O motivo da briga foi uma paquera que algum deles teria recebido. E tudo começou por aí. Os quatro menores e um maior de idade tinham acabado de sair de uma festa e foram para a Avenida Paulista, onde as agressões ocorreram".


Os quatro menores e o maior também são acusados de agredir outros dois rapazes no domingo passado momentos antes de bater nos três jovens citados acima.

Palavras-chave: Agressão Jovens Promotor Homofobia Investigação

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2 Comentários

antonio advogado20/11/2010 0:25 Responder

Cadeia é pouco para esses marginais ! Vamos modificar as Leis , mais repressivas e com penas mais duradouras.

saul sua profissão22/11/2010 2:59 Responder

Analisar video pra que pelo amor de Deus! Cadê a justiça????? Jesus!!!!!

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