Analfabetismo diminui, mas desigualdades continuam na educação

Fonte: Globo Online

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No Brasil, o analfabetismo caiu quase 30% entre 1993 e 2003. O declínio foi maior para as mulheres (31,7% contra 26,9% dos homens) e nas regiões Sul (34,7%), Centro-Oeste (32,1%) e Sudeste (31,3%). Destacam-se Paraná e Santa Catarina (- 37,6% e - 36,7%, respectivamente), Distrito Federal (-45,7%) e Rio de Janeiro (-41%). No Nordeste, o analfabetismo caiu 27%: no Maranhão, caiu 35% nos últimos 10 anos, e em Alagoas, apenas 10,1% (Tabela 2.1 e Gráficos 2.1, 2.2 e 2.3).

Quase todas as crianças brasileiras em idade escolar obrigatória (7 a 14 anos) freqüentam a escola (97,2% em 2003), mas há um grande atraso no fluxo escolar dos estudantes brasileiros. Em 2003, no Brasil, 20,4% dos estudantes de 18 a 24 anos de idade ainda cursavam o ensino fundamental e quase 42% ainda estavam no ensino médio. No Nordeste, quase 80% dos jovens nessa faixa etária estavam defasados (34% no fundamental e 44% no médio). Mesmo no ensino fundamental, obrigatório, defasagem idade-série é bastante elevada, chegando a 64% dos estudantes de 14 anos de idade (no Nordeste, atinge quase 82% contra um pouco mais de 50% no Sudeste).

Um dos fatores que exercem forte interferência na escolarização é o nível do rendimento da família. À exceção do grupe em idade escolar obrigatória (7 a 14 anos), tal influência nos demais grupos etários foi evidente: de 0 a 6 anos, a taxa de escolarização variou de 28,9% para os 20% mais pobres (1º quinto) até mais da metade das crianças nas famílias mais ricas (5º quinto). O mesmo se dá nos grupos etários de 15 a 17 anos e 20 a 24 anos .

O rendimento familiar também afeta o nível de instrução da população brasileira adulta (25 anos ou mais de idade). A diferença em anos de estudo entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres chega a 6,5 no Brasil, e a 7,6 anos no Nordeste. Nesta região, cerca de 30% da população de 25 anos ou mais de idade ou não tinham instrução ou tinham menos de 1 ano de estudo, e apenas 6,5% concluíram o ensino médio e freqüentaram pelo menos 1 ano no ensino superior (12 anos ou mais de estudo). No Brasil, aproximadamente 1/3 da população adulta possuía menos de quatro anos de estudo, ou seja: podem ser considerados analfabetos funcionais.

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