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Fonte: Tauã Lima Verdan Rangel e Carulini Polate Cabral

A Tutela Jurídica do nome do travesti e do transexual: o direito de ser quem é!

Como é cediço, a sociedade encontra-se em um constante processo de evolução e, com isso, a ampliação de direitos e de movimentos por reconhecimento dos direitos é impositivo. Ao se pensar em tal contexto, a busca pela promoção da denominada isonomia social é uma constante no processo de afirmação dos grupos sociais enquadrados como “minorias”. Sendo assim, as minorias sexuais, incluindo-se travestis e transexuais, ainda sofrem, no território nacional por busca de concretização de direitos fundamentais, dentre os quais está o estabelecimento do nome em consonância com a identidade de gênero e o próprio processo de redesignação sexual. Recentemente, inclusive, o Supremo Tribunal Federal, em seu papel contramajoritário e balizado no princípio da dignidade da pessoa humana, reconheceu a desnecessidade da cirurgia de redesignação sexual, por parte das minorias sexuais, para que houvesse a possibilidade de alteração do nome, cunhando-se, entre os pesquisadores, a expressão “o direito de ser quem é”. É fato que o acesso ao nome, por si só, é direito indissociável da dignidade da pessoa humana e traz consigo a autodeterminação individual. Neste sentido, o objetivo do presente é evidenciar como a alteração do nome pode significar, de forma positiva ou negativa, o exercício dos direitos ditos de personalidade ou a exclusão destes. O método científico empregado foi o dedutivo, auxiliado da pesquisa bibliográfica, da revisão de literatura sistemática e pesquisa documental como técnicas de pesquisa.

INTRODUÇÃOA sociedade atual, está em constantes mudanças e modificações, dando origem à novas formas de relações sociais, novas formas de cultura e até mesmo de identidade. Desta maneira, a concepção do binômio homem-mulher já é demasiadamente ultrapassada, fazendo necessário que a sociedade se ajuste ao novo contexto que emerge. Quando um indivíduo não se sente confortável com o sexo em que nasceu e tem a plena convicção de estar em um ?corpo errado?, é normal que ele queira ser reconhecido ...

Palavras-chave: Minorias Sexuais Isonomia Social Direito ao Nome Social Travestis Transexuais CC CF