Segredo de justiça passa a proteger caso da juíza que grampeou ex-namorado

O caso da juíza Carmen Silvia de Paula Camargo, que responde sindicância por ordenar escuta telefônica contra o ex-namorado e mandar prender o pai dele, agora está em segredo de Justiça.

Fonte: Espaço Vital

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O caso da juíza Carmen Silvia de Paula Camargo, que responde sindicância por ordenar escuta telefônica contra o ex-namorado e mandar prender o pai dele, agora está em segredo de Justiça.

Segundo o presidente do TJ de São Paulo, Celso Limongi, apesar de a Emenda Constitucional nº 45 ter decretado que todos os julgamentos são públicos, o caso se equipara aos processos de família, já que está em jogo a intimidade da juíza.

As informações são da revista Consultor Jurídico. Ontem, a repórter Adriana Aguiar, em apreciado texto, revelou que "como nenhum desembargador do Órgão Especial discordou da decisão, as portas da sessão ficaram fechadas por uma hora".

O resultado do julgamento também não foi divulgado quando a sessão foi reaberta.

Segundo os autos, a juíza mandou grampear o telefone do seu ex-namorado. A companhia telefônica efetivou o grampo por 15 dias, até perceber que a determinação não se encaixava num enquadramento jurídico mais estrito e procurou orientação da Corregedoria-Geral de Justiça.

?O ato de uma juíza que estava querendo vigiar à distância o namorado é incompatível com a atividade da magistratura?, admitiu o desembargador Elias Tâmbara na sessão do Órgão Especial, em 10 de maio deste ano, no início do caso, ao analisar a possibilidade de promoção funcional na carreira, da magistrada.

A promoção da juíza Carmen Silvia de Paula Camargo foi suspensa. Na ocasião, não havia segredo de Justiça.

A juíza também é acusada de condenar o pai de seu ex-namorado por porte ilegal de arma e de impedir que ele recorresse da sentença em liberdade.

Em carta enviada à revista Consultor Jurídico, a juíza alegou que não é verdade que ela tenha promovido escuta telefônica de uma pessoa com a qual se relacionou. Argumentou que foi alertada pela Delegacia Seccional da cidade de Registro de que alguém planejava o seu seqüestro e por isso se viu no direito de tomar as providências que entendia cabíveis para garantir sua segurança e a de sua família.

Palavras-chave: Segredo de justiça

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