O juiz de direito da 1º Vara Criminal, de Goiânia, Jesseir Coelho de Alcantara, recebeu na última sexta-feira (11/02) denúncia de homicídio e tentativa de homicídio cometidos pelo designer de serigrafia Edvaldo Corrêa de Melo Júnior e o ex-policial civil Jair Batista da Silva Neto, em março de 2010. Iniciada por causa de um DVD, a desavença envolveu agressões físicas com arma branca e atropelamentos com uma vítima fatal.

O desentendimento começou quando Leandro João Scandolara equivocou-se ao devolver um DVD de outra locadora na Secullus Vídeo Locadora, estabelecimento de Jair. Os dois se encontraram no Bar e Sorveteria do Gaúcho, no Bairro Goiá,  onde começaram uma discussão na presença de Edvaldo. De saida, Jair foi abordado pelo designer que lhe fez críticas, dizendo que o mesmo “estava tirando onda”. No intuito de apartar o desentendimento, Leandro pediu a Jair que não desse atenção, pois discutia com uma pessoa alcoolizada. Após ouvir o conselho, Jair entrou em seu carro, mas Edvaldo se aproximou e fechou a porta bruscamente, irritando Jair, que o agrediu verbalmente e deixou o local.

Minutos depois, Jair retornou ao bar com seu filho Bruno Resende Silva, se apresentou como policial e agrediu Edvaldo.  A vítima fugiu para sua casa, pegou uma faca e retornou ao bar. No local, golpeou Jair e seu filho, acertando somente o primeiro, que mesmo assim conseguiu chegar ao seu carro e atropelar Edvaldo, que tentava agredir Bruno. Ao ver Edvado no chão, sua tia Aldenice foi socorrê-lo e também foi atropelada. Com a dimensão da briga, curiosos e transeuntes se aglutinaram ao redor dos corpos, o que não impediu Jair de investir novamente contra Edivaldo, quebrando suas pernas. Momentos após o fim da briga, Aldenice foi levada para o Hospital de Urgências de Goiânia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.