Uma quadrilha organizada tem ligado para ex-contribuintes de montepios militares ou para seus familiares, caso a pessoa já seja falecida, afirmando que existe um resíduo a receber relativo aos anos de contribuição efetuados. Por trás de uma notícia aparentemente boa, no entanto, há um golpe que tem feito vítimas em todo do território nacional.

A quadrilha tem acesso a dados privilegiados e entra em contato com ex-segurados da CAPEMI e do GBOEx afirmando que a vítima tem um valor a receber variando entre R$ 40 mil e R$ 50 mil. Para fazer jus à suposta restituição, deverá pagar, antecipadamente, quantia que normalmente vai de R$ 2 mil a R$ 2,4 mil. Com o intuito de ludibriar a vítima, o estelionatário apresenta-se como advogado do TJDFT e passa um número de telefone do Tribunal, o 3343.7001 para contato. O número fornecido, no entanto, corresponde ao fax do TJDFT e é atendido apenas eletronicamente. Para dar veracidade ao golpe, o bandido fornece até mesmo dados pessoais como nomes de militares que teriam sido colegas de farda do beneficiado. Caso encontre alguma resistência, pede à vítima que telefone para um suposto coronel Arlindo que poderá indicar-lhe como proceder para receber o dinheiro. Fornece, na ocasião, um telefone cujo prefixo 31 sugere ser de Minas Gerais. No entanto, trata-se de uma linha VOIP que não vincula necessariamente o prefixo à localidade geográfica. Quando a vítima telefona, o falso coronel atende a ligação e confirma as artimanhas tramadas no primeiro contato.

A quadrilha tenta persuadir as vítimas a depositarem o valor com urgência, em contas bancárias de laranjas, argumentando que o prazo está se esgotando, o que leva algumas pessoas a correrem contra o tempo e não procurarem averiguar a veracidade dos fatos.