O promotor Diaulas Costa Ribeiro, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, disse nesta quarta-feira que é impossível afirmar que não houve desaparecimento de pertences das vítimas do acidente da Gol ocorrido em setembro do ano passado. Mas, reiterou que todos os bens encaminhados ao Ministério Público foram remetidos às famílias.

"As coisas que recebi, eu devolvi", disse Ribeiro, responsável pelo controle externo do IML (Instituto Médico Legal) de Brasília. "Só se eu fosse louco pra fazer uma afirmação dessas [que não houve desaparecimento de pertences]. Não é possível ter controle absoluto em uma área como aquela", afirmou o promotor, em referência à região amazônica, onde caiu o Boeing da Gol.

O promotor afirmou ainda que existem 9.000 fotografias que registraram todos os detalhes da operação de resgate realizada no local do acidente. De acordo com Ribeiro, há 2.750 euros (RS 7.200) e mais 400 yuans (R$ 100) que não foram reivindicados pelas famílias.

Segundo o promotor, se até 29 de setembro - quando completará um ano do acidente - ninguém solicitar os valores, todo o dinheiro será doado.

Ribeiro disse também que todas as famílias receberam envelopes lacrados com uma relação na qual estavam descritos os documentos e os pertences das vítimas. Segundo ele, várias famílias abriram mão de roupas, sapatos e outros bens. Porém, há ainda alguns pertences, como alianças, cujos donos não foram identificados.