A professora de matemática Cristiane Barreiras, 33, presa no último dia 27 sob suspeita de manter um relacionamento amoroso e sexual com uma aluna de 13 anos foi demitida da prefeitura do Rio de Janeiro, conforme decisão divulgada, hoje, pelo Diário Oficial do município.

Após a aluna e a professora terem confirmado o relacionamento amoroso à polícia, a servidora foi indiciada pelos crimes de estupro de vulnerável e corrupção de menores.

Barreiras, teria sido detida após a denúncia da mãe da aluna, que relatou à polícia que a filha estava desaparecida havia dois dias. A estudante e professora teriam passado os dias em um motel.

A professora que ainda estava em estágio probatório, de dois anos acabou sendo demitida do cargo.

Segundo a advogada da acusada, Vanuce Barros, a prisão da docente foi ilegal porque ocorreu dentro dos cinco dias que antecedem o período eleitoral. "Temos provas de que ela estava se apresentando em sede policial, inclusive quem ligou para o policial foi a própria mãe dela. Temos o comprovante do boleto de pagamento do posto de gasolina, onde a Cristiane abasteceu o veículo para se apresentar em sede policial. Não houve prisão em flagrante", disse a advogada para o Jornal Folha de São Paulo.

O delegado responsável pelas investigações, Ângelo Lages, da 33ª DP (Realengo), finalizou o inquérito sobre o caso que acabou indiciando a professora e o diretor da escola onde o caso ocorreu.

O ex-diretor

Para a polícia, diretor da escola foi omisso sobre o relacionamento. A Secretaria municipal de Educação informou que o diretor foi exonerado do cargo.

A mãe disse à polícia que o ex-diretor mentiu ao dizer que não tinha conhecimento sobre o caso.

Dono do motel

O dono do motel onde a professora de matemática se encontrava com a aluna pode responder por infração administrativa --referente ao artigo 250 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)-- depois de permitir a entrada da adolescente no local sem a autorização e presença dos pais. Segundo Lages, o proprietário do estabelecimento pode ser punido com multa de até R$ 27 mil, equivalente a 50 salários mínimos, ou com o fechamento do motel.