Procurador diz que cabe ação contra Senado por demora no caso Expedito Júnior

Gurgel disse ter solicitado nesta quarta uma cópia da decisão da Mesa Diretora do Senado que encaminhou o caso para análise pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa.

Fonte: UOL

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O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta quarta-feira (4) que cabe reclamação contra o Senado Federal que ainda não cumpriu a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) para dar posse imediata ao substituto do senador Expedito Júnior (PSDB-RO), cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por compra de votos.

Gurgel disse ter solicitado nesta quarta uma cópia da decisão da Mesa Diretora do Senado que encaminhou o caso para análise pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa. "Estou aguardando só receber cópia da decisão para tomar providências. Assim que receber, examinarei que providências adotar", afirmou.

"Em tese, é cabível reclamação, tendo em vista que haveria descumprimento de decisão judicial", acrescentou o procurador-geral. Questionado se haveria interesse em apresentar a reclamação, foi enfático: "Claro. O interesse do Ministério Público sempre será que as decisões judiciais sejam observadas e cumpridas".

A Procuradoria Geral da República poderia apresentar pedido de investigação ao STF ou, como os fatos são conhecidos, apresentar denúncia por crime de desobediência.

Em reunião nesta terça (3), a Mesa Diretora do Senado acatou recurso de Expedito Júnior para levar o caso à CCJ. Depois da reunião, a assessoria do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), divulgou nota dizendo que a decisão foi tomada contra a vontade de Sarney, "que defendeu o cumprimento imediato da decisão do Supremo".

A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) se absteve de votar, mas a maioria decidiu pelo encaminhamento à comissão. Além de Sarney e Serys, estiveram presentes à reunião os senadores Heráclito Fortes (DEM-PI), Mão Santa (PSC-PI), Adelmir Santana (DEM-DF), César Borges (PR-BA) e Cícero Lucena (PSDB-PB).

Palavras-chave: Senado

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2 Comentários

joão marcus arquiteto05/11/2009 15:04 Responder

NÃO HÁ QUALQUER DUVIDA QUE A DECISÃO DO SUPREMO NÃO FOI CUMPRIDA E, É DIFÍCIL IMAGINAR COMO PÔDE, OU MELHOR, COMO ACONTECEU ESSE DESREIPEITO, ESSE ABSURDO. NÃO SE PODE ACEITAR POIS NÃO HÁ DUVIDA QUE SE PRATICOU UM CRIME. É NA REALIDADE A FALÊNCIA COMPLETA DAS INSTITUIÇÕES, ESTAMOS A VIVER NOS TEMPOS DAS DILIGÊNCIAS. MUITO DIFÍCIL, QUASE IMPOSSÍVEL DE ASSIMILAR.

Mario Pallazini Aposentado05/11/2009 21:34 Responder

Nada justifica o descumprimento de uma decisão judicial. Mais grave ainda o fato de ter sido por um dos Poderes Constituídos da República, aquele que inclusive vota leis. Aliás, não cumprir decisão judicial no Brasil não é novidade. Basta ver que a tal "astreinte", multa diária por descumprimento de decisão judicial é pouco usada, com argumento ser "medida coercitiva" e não "punitiva". Nos Estados Unidos quem não cumpre decisão judicial vai preso. Aqui...

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