Polícia Legislativa intervém para conter protestos contra Feliciano

Audiência da CDHM precisou ser suspensa após manifestações e foi retomada em outro Plenário

Fonte: Agência Câmara

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Dois manifestantes foram levados para prestar esclarecimentos à Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados, após protestos contra a permanência do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) à frente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. O antropólogo M.R. e o servidor público A.P. foram ouvidos e liberados em seguida.


Os protestos contra Marco Feliciano começaram já antes da audiência pública que a comissão havia marcado, no Plenário do colegiado, e se estenderam até o gabinete do deputado, quando houve um confronto mais forte entre os manifestantes e a segurança da Casa.


Durante a audiência, cerca de 40 manifestantes gritaram palavras de ordem contra e a favor da presença de Feliciano. Depois de ouvir acusações de que era racista, o deputado cobrou a “prisão” do antropólogo. “Aquele senhor de barba, chama a segurança, ele me chamou de racista e racismo é crime. Ele vai ser preso e terá que provar que eu sou racista”, afirmou Marco Feliciano. A Polícia Legislativa agiu em seguida e levou o manifestante para prestar depoimento.


Gabinete


Após a confusão, o presidente suspendeu a sessão por cinco minutos e transferiu a audiência para outro Plenário, sem a presença de manifestantes. Com isso, o grupo que protestava seguiu para o gabinete do deputado.


Na porta do gabinete foi detido o servidor público A.P., que protestou contra a forma “violenta” com que foi conduzido à sala policial, registrou ocorrência contra um segurança e anunciou que faria exame de corpo de delito.


O protesto no gabinete também vitimou o policial legislativo Thiago Oliveira Bessa, que afirmou ter levado socos e 'gravatas' de manifestantes. Ele registrou boletim de ocorrência na polícia da Câmara e seguiu para a Polícia Civil, para ser submetido a exame de corpo de delito.


Apuração


O diretor da Coordenação de Polícia Judiciária, Geraldo Martins, afirmou que deve concluir em uma semana a apuração da acusação feita pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos. O mesmo prazo de apuração se aplica à queixa do manifestante que se disse agredido por seguranças da Casa.


No caso da acusação feita por Marco Feliciano, se for identificada a prática de crime, o gabinete do deputado vai ser procurado e deve informar, em até seis meses, se deseja formalizar a queixa contra o manifestante. No caso da suposta agressão do policial, caso seja comprovada, o processo será administrativo.


Segundo Geraldo Martins, os fatos de hoje não irão, até o momento, forçar uma mudança no procedimento da Polícia Legislativa nas futuras reuniões da comissão. A princípio, na avaliação dele, as reuniões da Comissão de Direitos Humanos podem continuar recebendo até 40 manifestantes contrários e favoráveis a permanência do presidente.

Palavras-chave: Polícia Legislativa Protesto Feliciano Esclarecimento Audiência

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1 Comentários

DAILY FIGUEIRA ADVOGADO28/03/2013 21:53 Responder

Se estamos em uma DEMOCRACIA, e estamos, creio, a sociedade, representada neste ato por algumas minorias, deve permitir que a atual CDH faça o seu trabalho. Outras eleições virão, e aí sim será a hora de se costurar a indicação do nome que reputa LEGÍTIMO para ocupar o cargo de Presidente. Essa eleição já foi. Não se pode querer ganhar no grito uma coisa que já está acabada. As prisões por excessos nas manifestações são necessárias, senão como irá se conter a baderna?

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