Polícia Civil diz ter ouvido testemunha-chave do caso Isabella.

Policiais que não quiseram se identificar afirmaram ontem (9) que ouviram o depoimento de uma testemunha-chave para a investigação da morte da menina Isabella Oliveira Nardoni, 5, ocorrida no último dia 29 de março, em São Paulo.

Fonte: Folha Online

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Policiais que não quiseram se identificar afirmaram ontem (9) que ouviram o depoimento de uma testemunha-chave para a investigação da morte da menina Isabella Oliveira Nardoni, 5, ocorrida no último dia 29 de março, em São Paulo. Essa testemunha seria um conhecido de Cristiane Nardoni, 20, tia de Isabella, que estava com ela na noite em que a menina foi morta, em um bar, em Santana (zona norte de São Paulo).

Conforme os policiais, a testemunha deu detalhes do telefonema que Cristiane recebeu antes de deixar apressada o bar. Em entrevista à Folha, a irmã de Alexandre Nardoni confirmou que recebeu uma ligação no bar, que não conseguia entender direito o que acontecia, mas que já sabia que tinha ocorrido algo grave com sua sobrinha.

Terça-feira (8), um dos pedreiros que trabalha na reforma do apartamento de Cristiane também foi ouvido por policiais. O apartamento dela está vazio e fica no mesmo andar que o do pai e da madrasta de Isabella, onde o crime aconteceu. Na semana passada, no apartamento de Cristiane, a polícia encontrou roupas com o que parecia ser sangue.

Surgiram suspeitas de que as roupas tivessem sido usadas pelo pai de Isabella, mas a tese perdeu força depois da divulgação de imagens captadas pelo circuito interno de vigilância de um supermercado de Guarulhos (Grande São Paulo) que mostram pai, madrasta, Isabella e os dois irmãos da menina fazendo compras. Nas imagens, o pai de Isabella parece usar as mesmas roupas com as quais estava quando a filha foi encontrada desacordada.

Mesmo antes, Cristiane havia dado declarações à imprensa afirmando que as roupas achadas em seu apartamento eram de um pedreiro, e não do irmão.

Habeas corpus

O pai de Isabella e irmão de Cristiane, Alexandre Alves Nardoni, 29, e a mulher dele, Anna Carolina Trotta Jatobá, 24, estão presos desde quinta-feira (3) suspeitos de envolvimento no crime. Os dois aguardam decisão do desembargador Caio Eduardo Canguçu de Almeida, da 4ª Câmara Criminal de São Paulo, sobre o pedido de habeas corpus feito terça-feira.

Não há previsão para a decisão, mas o documento inclui um pedido de liminar, ou seja, um pedido para que a decisão tenha aplicação imediata, anterior à avaliação do mérito do caso.

O casal foi preso sob o argumento de que, com eles afastados, os peritos têm acesso irrestrito da perícia ao local do crime --eles retornaram ao menos duas vezes -- e as testemunhas permanecem isentas.

No pedido de habeas corpus, a defesa dos dois argumenta que eles têm endereço fixo, não possuem antecedentes criminais e, ao contrário do que afirmam a Polícia Civil e o Ministério Público, não oferecem risco às investigações. Nardoni e Jatobá estão presos por força de um mandado de prisão temporária válido por 30 dias (prorrogáveis por mais 30 dias).

Enquanto Jatobá está no 89º DP (Portal do Morumbi), Nardoni está no 77º DP (Santa Cecília).

Palavras-chave: Isabella

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