A Polícia Civil de São José do Rio Preto investiga a atuação de um cursinho de supletivo que teria enganado milhares de estudantes vendendo diplomas dos ensinos fundamental e médio sem validade em dezenas de cidades do interior de São Paulo e Minas Gerais.

Os diplomas foram emitidos em nome da escola Joan Miró, do Rio, mas estariam irregulares porque os estudantes não fizeram as provas naquele Estado, mas sim pagaram entre R$ 500 e R$ 780 para conseguir o diploma, sem estudar, em 30 dias.

Segundo o delegado Genival Ribeiro dos Santos, as provas eram feitas na escola Cursinhos Sécolo, cuja sede fica em São José do Rio Preto, mas que possui filiais em diversas cidades do interior paulista.

?Os alunos pagavam por apostilas da Sécolo, mas as provas eram feitas por uma única pessoa em Rio Preto, como foi comprovado pela perícia?, disse o delegado.

Segundo ele, em apenas uma relação apreendida na escola 415 pessoas foram enganadas. As provas delas foram feitas com a letra de uma única pessoa. ?Já comprovamos todas as ilegalidades com depoimentos e provas obtidas?, afirmou Santos.

A escola informava que estava credenciada a atuar pelo sistema de ensino à distância, o que foi comprovado que era mentira. ?Se assim fosse as pessoas deveriam ter feito a prova no Rio?, afirmou o delegado, que espera ouvir os donos do Colégio Joan Miró, do Rio, para concluir o inquérito.

Ele deve pedir o fechamento do cursinho e prisão dos envolvidos por formação de quadrilha, falsificação de documentos públicos e falsidades ideológica.