Países defendem ação da OIT em busca de uma globalização justa

A preocupação dos países com as distorções decorrentes da globalização foi a tônica da segunda sessão plenária da Conferência Internacional do Trabalho que se realiza em Genebra.

Fonte: Notícias do Tribunal Superior do Trabalho

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A preocupação dos países com as distorções decorrentes da globalização foi a tônica da segunda sessão plenária da Conferência Internacional do Trabalho que se realiza em Genebra. As intervenções dos ministros de trabalho dos países membros da Organização Internacional do Trabalho, na sessão de segunda-feira (07), foram todas em defesa de uma atuação mais ativa da OIT em busca de uma globalização mais justa que estabeleça oportunidades para todos, relatou, por telefone, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Vantuil Abdala, que participa até quinta-feira (10) da conferência anual da OIT.

?As discussões foram positivas, pois havia não apenas concordância com a abordagem feita diretor-geral da OIT, Juan Somavia, mas também preocupação com a adoção de medidas eficazes para combater as mazelas da globalização?, avaliou o presidente do TST, em referência às repercussões do documento ?Por uma globalização justa e o papel da OIT?, apresentado por Somavia na sessão de abertura da conferência no dia 1º de junho.

?A globalização tem se desenvolvido num vazio ético: a questão do êxito e fracasso dos mercados tende a converter-se em uma norma principal de comportamento e a atitude baseada no lema ?o ganhador leva tudo? debilita a estrutura das comunidades e das sociedades? , disse Somavia ao destacar o papel que a OIT deve ter no ?processo de globalização justo e integrador?. O ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, apontou a política protecionista dos países desenvolvidos para barrar a entrada de produtos de países em desenvolvimento como um dos principais empecilhos de uma globalização justa.

O presidente do TST relatou que as intervenções feitas na segunda sessão plenária da conferência enfatizaram a responsabilidade dos governos, trabalhadores e empresários na busca de um novo modelo de globalização destinado a amenizar as atuais distorções. Segundo Vantuil Abdala, houve também a avaliação de que a OIT deve ter uma atuação ?menos discursiva? e mais prática.

A conferência da OIT, que prossegue até o dia 17, reúne cerca de três mil delegados, incluindo chefes de Estado, ministros do trabalho e líderes de trabalhadores e empregadores de todos os 177 estados membros da OIT. Os ministros José Simpliciano Fernandes e Emmanoel Pereira, do TST, participam da sessão como observadores governamentais.

Reuniões - Em Genebra, o ministro Vantuil Abdala, reuniu-se na última segunda-feira com o responsável pelo projeto sobre Liberdade Sindical para a América Latina da OIT, Horácio Guido. Entre as iniciativas para intensificar o intercâmbio entre o TST e a OIT, os dois trataram da visita de um grupo de ministros do TST a Genebra, para conhecer o funcionamento interno da OIT, seguida de um curso sobre direito comparado e organização sindical no Centro Internacional de Formação da OIT, em Turim. Amanhã (09), Vantuil Abdala reúne-se com o diretor do Departamento de Normas Internacionais do Trabalho da OIT, Jean Claude Javillier, para tratar do intercâmbio entre o TST e a OIT..

A proposta insere-se no âmbito do protocolo de intenção técnica assinado pelo presidente do TST e Javillier em março passado. O documento prevê assistência técnica e intercâmbio de informações sobre Direito Internacional do Trabalho e mecanismos de controle de aplicação de normas internacionais da OIT.

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