OAB: "queima de documentos da ditadura é atentado à história"

O presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da Bahia, Dinailton Oliveira, enviará hoje (13) ofício aos representantes das Forças Armadas pedindo apuração rigorosa e imediata do que chamou de ?atentado à história do povo brasileiro.

Fonte: Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil

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O presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da Bahia, Dinailton Oliveira, enviará hoje (13) ofício aos representantes das Forças Armadas pedindo apuração rigorosa e imediata do que chamou de ?atentado à história do povo brasileiro?. Foi assim que ele classificou a provável queima de relatórios do Exército que provam que brasileiros foram vigiados por militares durante e após o fim da ditadura no País, queima esta ocorrida na Base Aérea de Salvador e noticiada em reportagem exibida na noite deste domingo (12) pela TV Globo.

Acho um absurdo essa queima irresponsável de documentos que não pertencem mais aos militares, mas sim ao povo brasileiro?. Dinailton Oliveira afirmou que essa possível queima de documentos deixou a todos estarrecidos pelo absurdo que é queimar documentos importantes da história do Brasil, ainda mais agora, quando se discute a abertura e divulgação dos arquivos relacionados ao regime militar.

É preciso que a sociedade tenha conhecimento do teor desses documentos, não a fim de revanchismo, mas para avaliar todos os equívocos da época e não permitir que se repita uma barbárie como aquela?, afirmou o presidente da OAB da Bahia. Em nota divulgada antes da reportagem ser exibida, o Ministério da Aeronáutica informou que toda a documentação relativa ao período da ditadura havia sido destruída em fevereiro de 1998, durante um incêndio nas dependências do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.

Segundo a reportagem, papéis classificados como ?confidencial, secreto e ultra-secreto? no período de 1964 a 1994, teriam sido queimados em uma área isolada da Base Aérea de Salvador. Após examinar os papéis e as imagens feitas na base aérea, o perito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Nelson Massini, concluiu que os documentos são "verdadeiros e próprios da época", mas, segundo ele, é difícil precisar com exatidão a data da queima.

Toda a documentação encontrada nas cinzas será encaminhada ao secretário de Direitos Humanos do governo, Nilmário Miranda.

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