Negada gratuidade a microempresário

O agravante, na exordial da ação reparatória de danos, teria indicado a quantia de R$ 9 mil referentes ao faturamento de sua empresa no período de três meses

Fonte: TJMT

Comentários: (0)




A Sexta Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou pedido de gratuidade judiciária a um microempresário de Sorriso (418km a norte de Cuiabá) por entender que se as circunstâncias da causa evidenciam que o interessado tem condição de arcar com os custos processuais e se o conjunto probatório não foi suficiente para demonstrar a alegada incapacidade, o pedido de justiça gratuita há que ser indeferido.

 
A decisão, unânime, refere-se ao Agravo de Instrumento nº 11002/2011, interposto pelo microempresário do ramo de cerâmica com pedido de antecipação de tutela e reforma da sentença do Juízo da Terceira Vara Cível da Comarca de Sorriso. O juízo de Primeiro Grau, nos autos de uma ação indenizatória movida pelo empresário, indeferiu o pedido de gratuidade judiciária. Argumentou o recorrente não ter condições financeiras de arcar com as custas e as despesas do processo sem prejuízo do próprio sustento e de sua família.

 
Para o relator, desembargador José Ferreira Leite, a decisão não merece reparo. “O escopo da lei não é a proteção dos mais carentes – pura e simplesmente; não é isso que deseja a norma, o que ela pretende é facilitar, estimular o amplo acesso ao Judiciário, de modo que o aspecto financeiro/econômico não se apresente elemento impeditivo do exercício do direito constitucional à jurisdição”, explicou em seu voto.

 
O desembargador ressaltou que no caso em questão, a presunção de pobreza deveria ser afastada, “porquanto o agravante, na exordial da ação reparatória de danos, indica sua capacidade econômica ao pleitear, a título de lucros cessantes, a quantia de R$ 9 mil, referentes ao faturamento de sua empresa no período de três meses em que ficou afastado de suas atividades”, destacou citação dos autos.

 
A câmara julgadora foi composta pelos desembargadores Juracy Persiani (primeiro vogal) e José Silvério Gomes (segundo vogal convocado).

Palavras-chave: Gratuidade; Microempresário; Justiça; Acesso; Suficiência

Deixe o seu comentário. Participe!

noticias/negada-gratuidade-a-microempresario

0 Comentários

Conheça os produtos da Jurid