MPF/MS consegue condenação de piloto que derrubou avião com meia tonelada de cocaína

O crime foi descoberto após a queda na aeronave com 580 kg de drogas

Fonte: MPF

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O Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul conseguiu decisão na Justiça Federal contra o piloto brasileiro R. R. e o boliviano E. B.. Os dois foram condenados, respectivamente, a 11 e a 7 anos de prisão, além de multa em dinheiro. O crime foi descoberto após a queda da aeronave em que os dois estavam, no pantanal sul-mato-grossense, a 10 km da divisa com Mato Grosso, com 580 kg de cocaína em março de 2011.

 
A sentença atendeu aos pedidos feitos na ação penal do Ministério Público Federal. O piloto dono da aeronave e responsável pela carga, R. R. S. F., foi condenado a 11 anos e 11 meses de prisão e pagamento de R$ 38.364,48 pelo crime de tráfico de drogas e falsidade ideológica, por mentir no pedido de autorização de voo na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). E. B. I., o ajudante de Rogers, foi condenado pelo crime de tráfico de drogas a 7 anos e 6 meses de reclusão e a pagar R$ 13.620,00.

 
O crime foi descoberto após o acidente com a aeronave na Serra do Amolar, nas proximidades do Posto Militar do Exército Brasileiro em Porto Índio, no município de Corumbá. No local, os policiais federais, com a ajuda de militares, conseguiram localizar 580 kg de cocaína em volumes individuais de 1 kg.

 
Para o Ministério Público Federal, o “fato de R. R. estar com sua licença para pilotar vencida há mais de um ano deixa evidente que o piloto utilizava a aeronave para fins ilícitos (tráfico internacional de drogas)”. Além do tráfico de drogas, o MPF denunciou o réu pelo crime de falsidade ideológica por utilizar o nome de outros pilotos e operadores de voo para conseguir autorização perante a Anac.

 
Colisão com árvores - Conforme a denúncia feita pelo MPF, o avião partiu da Bolívia em março de 2011 em direção ao Brasil. A bordo estavam o piloto e responsável pelo carregamento Roy Rogers, o ajudante contratado na Bolívia, E. B. e 580 kg de cocaína. O piloto sobrevoava o território brasileiro em baixa altitude, na tentativa de não ser detectado pelos radares do Departamento de Controle de Tráfico Aéreo (Decea). Por esse motivo, acabou batendo na copa de algumas árvores, vindo a colidir com o solo.

 
Apesar de as provas serem visíveis, os dois condenados tentaram se eximir da culpa. R. R. contou outra versão às autoridades, alegando que teria sido sequestrado. “A aeronave caiu, eu senti o impacto, eu estava amarrado, sentado no assoalho, foi tudo muito rápido. Eu olhei e não vi ninguém, só estava eu dentro do avião”.

 
Edgar Belen, de imediato, confessou que foi contratado na Bolívia para acompanhar o piloto no transporte da droga encontrada e que receberia mil dólares pelo trabalho. Mas, perante o juiz, o ajudante contou uma segunda versão, afirmando que não conhecia R. R. e que ele teria sido pego à força na Bolívia, torturado e trazido ao Brasil contra sua vontade.

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