O Ministério Público Federal em Minas Gerais solicitou o seqüestro dos bens do deputado eleito Juvenil Alves (PT-MG), preso nesta manhã em uma operação da Polícia Federal. De acordo com a rádio CBN, entre os bens estão listados imóveis, fazendas, gado e iates. O objetivo é ressarcir o Estado pelo rombo estimado em R$ 1 bilhão provocado pela quadrilha da qual o deputado seria integrante.

Alves foi preso acusado de participar de um esquema de fraude que faz uso de sociedades anônimas, estabelecidas no Uruguai e na Espanha, em nome de laranjas, para ocultar e dissimular valores e bens de empresários brasileiros. Desta forma, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação fiscal eram realizadas legalmente, na chamada "blindagem patrimonial".

Juvenil Alves, eleito para seu primeiro mandato com 110 mil votos, foi preso em sua casa no bairro Belvedere, zona sul de Belo Horizonte. O advogado é proprietário de uma série de empresas de informática e escritórios tributaristas. Na sua declaração de gastos de campanha, estimou seus gastos em R$ 450 mil.