Mesmo condenados, mensaleiros custam R$ 137 mil por mês à Câmara

Entre pagamentos e aposentadorias, réus do mensalão seguem recebendo do Congresso

Fonte: R7 Notícias

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Sete dos políticos condenados no julgamento do mensalão recebem, somados, R$ 137,8 mil da Câmara dos Deputados. E boa parte deles seguirá recebendo o mesmo valor mesmo depois de ter sua pena no processo executada. Alguns dos condenados, como o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), ainda estão em exercício do mandato, e recebem o salário integral, de R$ 26,7 mil. Outros, como o ex-deputado José Genoino, receberão aposentadoria vitalícia de mais de R$ 11 mil.


O ex-deputado José Genoino bem que tentou manter sua remuneração integral de R$ 26,7 mil da Câmara, mas, como a junta médica destacada para examiná-lo disse que não havia motivo para uma aposentadoria por invalidez, o petista optou por renunciar.


Apesar de não ter conseguido se aposentar por invalidez, Genoino seguirá recebendo o valor de R$ 20 mil por sua outra aposentadoria da Câmara, por tempo de contribuição no Congresso.


Valdemar Costa Neto, que era deputado por São Paulo pelo PR até a semana passada, também renunciou após o STF decretar a execução de sua pena pelo mensalão. Sua aposentadoria por tempo de serviço lhe renderá, contudo, o rendimento de R$ 16,7 mil até o fim da vida.


O deputado João Paulo Cunha (PT-SP) também foi condenado no julgamento do mensalão, mas, ao contrário dos colegas, tem avisado que não pretende renunciar ao seu mandato.


Como ainda não teve a pena executada pelo STF, Cunha segue solto e recebendo seu pagamento de R$ 26,7 mil.


Outro que ainda mantém o mandato e, portanto, o salário de R$ 26,7 mil, é o deputado Pedro Henry (PP-MT). O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já pediu ao STF que determine a prisão do deputado.


Ex-deputado pelo PP, Pedro Corrêa se apresentou à Polícia Federal na semana passada, logo após o STF decretar o trânsito em julgado do processo do mensalão para ele. Apesar da condenação, Corrêa seguirá recebendo os R$ 17,7 mil que a Câmara lhe reserva desde que ele se aposentou, em 2006.


O ex-deputado José Borba também renunciou por causa do escândalo do mensalão, em 2005, e, desde então, recebe R$ 11,5 mil pela aposentadoria da Câmara. Ele abriu mão do mandato minutos antes de o Conselho de Ética instaurar processo contra ele por quebra de decoro parlamentar.


Outro que recebe aposentadoria da Câmara é o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), que acumula R$ 18,5 mil na conta desde 2005.


Delator do esquema do mensalão, Jefferson aguarda decisão do presidente do STF, Joaquim Barbosa, sobre onde deve cumprir sua pena de sete anos e 14 dias por participar do esquema.

Palavras-chave: direito penal mensalão direito público

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