"Justiça" tem pré-estréia em Brasília com debate no auditório do STJ

O documentário "Justiça", da cineasta Maria Augusta Ramos, tem pré-estréia na próxima quinta-feira (1º), às 18h, no auditório externo do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Fonte: Notícias do Superior Tribunal de Justiça

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Depois do lançamento bem-sucedido nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, o documentário "Justiça", da cineasta Maria Augusta Ramos, tem pré-estréia na próxima quinta-feira (1º), às 18h, no auditório externo do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A projeção do filme, seguida de debate, é uma iniciativa da administração do STJ para revitalizar o "Espaço Cultural". A entrada é franca.

Ambientado no Fórum do Rio de Janeiro, "Justiça" mostra o dia-a-dia dos corredores daquele tribunal. A cineasta brasiliense capta cenas do cotidiano de defensores públicos, promotores, juízes e réus. A proposta de Maria Augusta foi mostrar a realidade do Poder Judiciário; ela acompanha de perto o trabalho de uma defensora pública, de um juiz/professor de Direito e de um réu.

O documentário mereceu destaque na mídia, com reportagens no O Globo, O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil e Fantástico, da Rede Globo. "Justiça" tem duração de 100 minutos, foi lançado oficialmente em 2003, ganhou o Grand Prix do Festival Internacional de Cinema Visions du Réel, em Nyon, Suíça. A co-produção é da produtora holandesa Selfmade Films, da Limite Produções e da rede de televisão NPS (Holanda).

Uma das cenas do filme se passa na sala de audiência do fórum carioca. O réu conta ao juiz as circunstâncias que o levaram até ali. Conforme a sinopse da fita, "para o espectador fica claro que ele (réu) não poderia ter cometido o crime do qual fora acusado". No entanto o juiz em questão segue "mecanicamente" o interrogatório. Mas não fica só no Tribunal de Justiça do Estado do Rio.

A câmera também passeia pela "superlotada carceragem da Polinter" e registra momentos nos quais criminosos entoam hinos de determinada facção "como se fossem cânticos religiosos". Na entrevista a O Globo, Maria Augusta declara que suas mais importantes influências vieram da ficção.

"Gosto de formalistas como Robert Bresson, Ozu e Antonioni. São filmes em que as emoções não são diretas. Se isso causa um certo distanciamento à primeira vista, causa um impacto maior depois. Prefiro manter distância entre espectador e objeto filmado para que não haja uma identificação imediata e, sim, uma reflexão posterior."

Após a exibição do filme, haverá um debate com a participação da diretora Maria Augusta Ramos; do presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Cláudio Baldino Maciel; do advogado Luiz Carlos Alcofarado; da deputada federal Denise Frossard e do coordenador da Coordenadoria de Comunicação Social, Luiz Adolfo Pinheiro.

Nascida em Brasília em 1964, Maria Augusta Ramos graduou-se em música pela Universidade de Brasília (UnB). Mudou-se para a Europa, onde estudou Musicologia e Música Eletroacústica em Paris, no Groupe de Recherche Musicale (Rádio France). Logo em seguida, estudou na City University, em Londres. Em 1990, mudou-se para a Holanda e especializou-se em direção e edição na The Netherlands Film and Television Academy.

O primeiro longa-metragem foi "Brasília, um dia em fevereiro", com duração de 70 minutos, rodado em 16 milímetros. Em 1998, criou e dirigiu "Butterflies in your stomach", série produzida por um canal de televisão holandês. Em 2000 rodou "Desi" (90 minutos 35 mm) e recebeu o prêmio "Bezerro de Ouro". Para a rede de tv HOS, também da Holanda, Maria Augusta fez o vídeo "Rio, um dia de agosto", em 2002. O trabalho arrebatou o prêmio GNT no festival "É tudo verdade".

Roberto Cordeiro

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