Justiça do Paraná nega pedido de habeas corpus para ex-diretor da Alep
Ex-diretor não consegue HC e é preso por atrapalhar investigações
O Tribunal de Justiça do Paraná negou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de A.M., o Bibinho. A decisão do relator José Maurício Pinto de Almeida foi divulgada nesta segunda-feira (12), em resposta ao pedido feito na quinta-feira (8).
O ex-diretor da Assembleia Legislativa do Paraná foi preso na terça-feira (6), em Curitiba, por agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A justificativa para a prisão foi o fato de A.M. estar atrapalhando as investigações de processo, no qual é acusado de desvio de pelo menos R$ 200 milhões dos cofres públicos no período em que administrou o Legislativo.
Na decisão, o relator afirma estar demonstrado que Bibinho vem "praticando atos tendentes a procrastinar o feito", qualificando a prisão preventiva como "acertada". Apesar do advogado Eurolino Reis considerar a prisão arbitrária, Almeida concluiu que outras medidas cautelares, fora a detenção, seriam insuficientes para evitar o adiamento.
A defesa de Bibinho chegou a pedir a suspensão do processo, alegando que o ex-diretor não possuia sanidade mental para respondê-lo. Contudo, o Ministério Público (MP) alega que A.M. mantinha uma vida regular durante o período. Imagens mostram A.M. recebendo políticos e amigos regularmente em seu escritório. O MP acredita que esse argumento é um dos artifícios utilizados pela defesa para tentar adiar o julgamento.
O G1 entrou em contato com o advogado de Bibinho, que informou que deve apresentar ainda nesta segunda-feira um agravo regimental. Tal mecanismo transfere a decisão monocrática do relator para um colegiado.
Entenda as acusações contra A.M.