Justiça condena assassino de família decasségui a 165 anos de prisão
A justiça condenou nesta terça-feira o vigilante Ricardo Francisco dos Santos a 165 anos de prisão por cinco latrocínios e uma tentativa.
Em setembro de 2005, Ricardo e um comparsa, Celso Alencar dos Santos, torturaram e mataram cinco pessoas da família Yonekura, na zona leste de São Paulo durante um assalto à casa da família. Apenas dois membros da família --entre eles uma criança de 11 meses-- sobreviveram.
A casa da família foi invadida po Ricardo e Celso na noite do dia 10 de setembro. A dupla queria os dólares que Fátima Yonekura, seu irmão Willian Yonekura e a mulher dele, Érica Yonekura, traziam do Japão, onde tinham ido para trabalhar.
A família chegou a entregar US$ 5.000 a Ricardo e Celso que, insatisfeitos com a quantia, espancaram a família e atearam fogo na casa. Érica e Fátima, além de seus pais, Tadashi Yonekura e Futaba Yonekura, e seu irmão Nilton Yonekura, morreram. Mesmo espancado, Willian sobreviveu, assim como o filho que tem com Érica, encontrado no colo da mãe, morta a tiros no carro da família.
Em sua decisão, o juiz Pedro Luiz Aguirre Menin refutou as alegações de Ricardo, que havia dito ter sido coagido a participar da ação por seu comparsa e que não havia disparado ou batido em nenhuma das vítimas.
O juiz se baseou em informações colhidas durante o inquérito policial dando conta que os dois assaltantes bateram na família e de que ambos foram os responsáveis pelo incêndio na casa.
Ricardo já conhecia a família e foi reconhecido durante o assalto. Celso Alencar dos Santos foi morto em uma operação policial.
Mesmo tendo sido condenado a 165 anos, de acordo com a lei brasileira, Ricardo pode cumprir no máximo 30 anos.