Juiz será doutor ou senhor até decisão final

Fonte: Jornal O Globo

Comentários: (8)




Palavras-chave:

Deixe o seu comentário. Participe!

noticias/juiz-sera-doutor-ou-senhor-ate-decisao-final

8 Comentários

Renato D. de Carvalho cidadão24/03/2005 22:20 Responder

Quem lê a integra da ação (http://www.espacovital.com.br/asmaisnovas12112004c.htm) nota que há uma “perseguição” ao Sr. Antonio Marreiros, em flagrante desrespeito à educação mínima (pelo menos a minha educação) em tratar uma pessoa que não me da intimidade de chamá-lo de você ou pelo nome. Eu e uma boa parte da população brasileira (a maioria espero eu) chama uma pessoa mais velha de SENHOR, um superior hierárquico de SENHOR, uma autoridade de SENHOR, não pela “carteirada”, mas por respeito, por pura educação. Agora pensem um pouco: Se esta ação não fosse movida por um Juiz , fosse movida por um cidadão comum que teve por diversas vezes seus bens danificados (pneu, mobília) e ao reclamar é tratado de “cara”, mesmo tendo PEDIDO para ser tratado de senhor? A grande maioria de vocês ao ler uma inicial como esta sendo pleiteada por uma pessoa comum, e não por um juiz, bradaria em favor do cidadão que esta exigindo ser dignamente tratado. Agora o fato de ser um juiz foi, a meu ver, distorcido levando-nos a acreditar que a ação é por puro egoísmo, por pura idiossincrasia do juiz, para se locupletar no tratamento a ser recebido, a passar a idéia da famosa “CARTEIRADA” e ‘DO VOCE SABE COM QUEM TA FALANDO?”“. Na inicial excluindo-se o fato de ser o Sr. Antonio Marreiros um juiz, o que poderia (mas não deve) dar as idéias do parágrafo anterior, nota-se um flagrante desrespeito ao cidadão, ao condômino do edifício, uma aparente perseguição àquele que reivindica seus direitos. (Leia e interprete a inicial). Cabe aos magistrados julgarem esta lide, mas cabe a imprensa separar a famosa CARTEIRADA do reclamo justo do cidadão. Deixo claro aqui que AQUELES QUE USAM DO CARGO OU POSIÇÃO PARA SE PREVALECEREM tem o meu total REPUDIO, vivemos em uma sociedade que precisa voltar aos tempos do Sr. e Sra. para os mais velhos e superiores, isso não custa nada... É EDUCAÇÃO!!!

Flavio Henrique Funcionário Público25/03/2005 10:25 Responder

Infelizmente, o Doutor juiz e os Srs. Doutores Desembargadores deveriam voltar aos bancos da Faculdade de Direito para aprender a diferença entre uma regra moral e uma regra jurídica. Tratamento é um regra moral, não jurídica, portanto, não há como o poder judiciário substituir aquilo que não se obteve em casa. Determinar que alguém seja chamado de Doutor é um absurdo jurídico, até porque, só é doutor quem o título de doutorado. Doutor é um título acadêmico, não da magistratura. A corregedoria deveria afastar os desembargadores e juiz por desconhecimento técnico.

jose augusto leopoldo Acadêmico25/03/2005 10:45 Responder

Em que pese todas as pessoas devam ser tratadas com o devido respeito, no caso em tela é visível o abuso de autoridade pelo Sr. Doutor Juiz, posto que um "zé ninguém" pleiteando ação semelhante, de pronto teria seu pedido indeferido, quem sabe até pelo Doutor Juiz. Ademais, na Vara do Doutor talvez muitos casos importantes careçam de análise acurada, porém sua atenção é dedicada a barbáries como essa.

Paulo estudante26/03/2005 21:09 Responder

Comentar o que?

Adriano S. Martins Advogado28/03/2005 10:58 Responder

Sabemos que o pronome de tratamento "senhor/senhora" é bem menos utilizado hoje do que alguns anos atrás, quando não se admitia chamar um adulto (pai, mãe, tios, autoridades) de tu ou você. Exigia-se tratamento mais cerimonioso.No caso desse "Sr. Juiz", será que o mesmo é retrógrado? Ou é constantemente desrespeitado? Isso, nos lembra de Benjamin Franklin. Ele dizia que a intimidade gera dois tipos de problemas: filhos e aborrecimentos. Para evitar aborrecimentos, a princípio, não seria melhor refletir e tratar as pessoas mais velhas e as de maior hierarquia por "senhor, senhora" até o momento em que elas próprias dispensem esse tratamento. Na dúvida, é sempre melhor ser formal. Afinal, respeito é bom e todos gostamos!

Wilson Barbosa Funcionário Público28/03/2005 11:07 Responder

Acho que o sr. juiz está querendo se sobrepor aos demais, querendo com isso dizer o seguinte: QUEM MANDA AQUI SOU EU, e com isso está faltando com uma coisa muito importante ao ser humano..a virtude da humildade.

Felipe Leite Barros Advogado - pós-graduando em direito civil28/03/2005 12:05 Responder

Uma pessoa é respeitada na exata medida em que respeita as demais. Um magistrado, advogado, promotor, defensor, faxineiro, trabalhador rural ou empregado doméstico, recebe de seus pares (que são todos os seres humanos e não só aqueles de igual nível social) a reverência compatível com a educação, simpatia e cordialidade que externa. O tratamento sem pronomes não torna alguém menos sábio ou respeitável, apenas demonstra o nível cultural de seu interlocutor, seus valores e suas crenças. Em resumo, como um simples advogado e eterno estudante, gostaria de ser chamado por todos de amigo, companheiro, cara, etc. e para os que preferirem, Dr., Sr. ou até Exa. (já que não há distinção hierárquica entre a minha profissão e de um juiz), desde que meus pares o façam com sinceridade, para que nunca me esqueça da gloriosa condição humana que me foi imposta e aceito de bom grado, pois de “semi-deuses” o mundo está cheio.

Assis Gomes do Amaral Advogado28/03/2005 18:17 Responder

Todos são iguais perante a lei, todos devem ser tratados igualmente, se alguem te chamar de SR. deverá ser tratado de SR. tambem, mas como este caso já é um caso que está na Justiça, nada melhor do que os próprios pares do JUIZ que deem a sentença sem corporativismo, mas devem levar em consideração que todas as pessoas devem ser tratadas em igualdade de condições, pois não deveremos dar privilégios para alguem em detrimento de outrem, ou seja o meu direito termina extatamente no momento que o direito de terceiro começa.

Conheça os produtos da Jurid