São Paulo (SP) ? O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Francisco Fausto, disse hoje (26) que o novo Fórum Trabalhista de primeira instância de São Paulo, batizado com o nome de Rui Barbosa, será o espaço para que trabalhadores e empregadores exerçam a cidadania. A declaração foi feita na inauguração do Fórum, localizado no bairro Barra Funda, para onde até maio serão transferidas 79 novas Varas de Trabalho da capital.

Na solenidade estavam presentes o presidente eleito do TST, ministro Vantuil Abdala, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Maurício Corrêa, e o ministro da Justiça, Marcio Tomaz de Bastos, entre outras autoridades. O ministro Renato Paiva, do TST, a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, a neta e duas tataranetas de Rui Barbosa também estavam presentes.

O ministro Vantuil Abdala disse estar convicto de que o Fórum Trabalhista Rui Barbosa ?será motivo de orgulho, não apenas para a Justiça do Trabalho, mas para toda sociedade?. Com a instalação das 79 Varas do Trabalho da capital paulista num mesmo local, ele afirmou que trabalhadores, empregadores e advogados terão mais facilidade de acesso à Justiça.

?Estou certo de que a memória do Fórum Rui Barbosa será construída dos valores morais, intelectuais e cívicos representados pelos juízes paulistas?, disse Francisco Fausto, que cumprimentou a presidente do Tribunal Regional do Trabalho, juíza Maria Aparecida Pellegrina, pelo empenho na conclusão da obra reiniciada em 2002.

Segue a íntegra do pronunciamento do presidente do TST:

?Neste Fórum Rui Barbosa, o trabalhador e o empresário exercerão a cidadania comum à luz da conciliação ou da decisão do juiz. É um espaço destinado à cultura jurídica e social que, afinal, modela o Judiciário trabalhista e lhe confere, com exatidão canônica, o parâmetro da História. Em verdade, o juiz do trabalho é cultor de uma ciência de normas e valores destinada, principalmente, à organização social. Então, é seu dever zelar pela aplicação da lei e dos seus postulados com os olhos vistas voltados para o equilíbrio das relações trabalhistas na comunidade produtora: o empenho pela geração de riquezas e pelo bem-estar social. Eis a visão política que tem sustentado, há mais de meio século, o Judiciário trabalhista no Brasil, instituído pouco antes da edição da CLT, um monumento legislativo erigido para o futuro, e que dá abrigo a institutos jurídico-trabalhistas praticados universalmente. E é isso que nos torna imprescindíveis à distribuição da justiça e à sua eficácia moderadora na ordem institucional brasileira. Estou certo de que a memória do Fórum Rui Barbosa será construída dos valores morais, intelectuais e cívicos representados pelos juízes paulistas. E é na pessoa da juíza Pellegrina, no seu destemor e na sua coragem moral, que saúdo os magistrados trabalhistas e me congratulo com trabalhadores e empresários nesta tarde em São Paulo?.