O diretor da Polícia do Senado Federal, Pedro Ricardo Araujo Carvalho, entregou ao presidente da Casa, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), no final da tarde desta segunda-feira (8), relatório preliminar de cerca de 20 páginas com o resultado das investigações sobre a existência de grampos em telefones de gabinetes de senadores. O diretor informou que foram feitas varreduras nos gabinetes citados recentemente pela imprensa como passíveis de terem sido grampeados e também na central telefônica do Senado e nada foi encontrado.

De acordo com Pedro Carvalho as varreduras foram realizadas na central telefônica e nos telefones fixos dos gabinetes da Presidência do Senado e dos senadores Tião Viana (PT-AC), Alvaro Dias (PSDB-PR), Arthur Virgílio (PSDB-AM), Demóstenes Torres (DEM-TO) e Tasso Jereissati (PSDB-CE).

- Não foi constatado nenhum 'grampo'. Também não foi constatada nenhuma violação no sistema de telefonia do Senado Federal. Tudo aponta que o grampo foi feito fora do ambiente do Senado, como a gente já suspeitava - disse o diretor da Polícia do Senado, após o encontro com Garibaldi, acrescentando que o laudo da perícia da Polícia Federal ainda não foi enviado ao Senado.

De acordo com Pedro Carvalho, o relatório entregue a Garibaldi nesta segunda-feira (8) é preliminar e as investigações continuam. Há inclusive a possibilidade de a instituição requisitar que uma entidade externa (a Universidade de Brasília ou a Polícia Civil, por exemplo) realize nova perícia e varredura dos telefones dos gabinetes e da central telefônica do Senado.

O diretor afirmou que qualquer telefone celular no Brasil é passível de ser interceptado, mas garantiu que os senadores podem confiar na segurança dos telefones fixos dos gabinetes. Disse ainda que existe a possibilidade de as investigações serem prorrogadas.