Diário Oficial da União publica lista de demitidos do Ministério da Saúde

Na ocasião, foram presos 14 envolvidos em fraudes na licitação de hemoderivados.

Fonte: Agência Brasil

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BRASÍLIA - O Diário Oficial da União publica nesta terça-feira os nomes de oito dos dez funcionários do Ministério da Saúde demitidos ontem por ligação com a chamada máfia do sangue. Com essas dez demissões, sobe para 25 o número de servidores afastados desde que a Polícia Federal realizou a Operação Vampiro, na quarta-feira passada. Na ocasião, foram presos 14 envolvidos em fraudes na licitação de hemoderivados. Esses remédios, fabricados a partir da proteína do sangue, são usados no tratamento de doenças como hemofilia, Aids e câncer.

Em nota divulgada ontem, o ministro Humberto Costa explicou que as demissões são mudanças preventivas, destinadas a evitar que servidores envolvidos com a fraude continuem exercendo qualquer tipo de influência. "É importante destacar que a exoneração dessas pessoas não significa o envolvimento delas com irregularidades, mas representa medida preventiva", escreveu o ministro.

No caso das 15 primeiras exonerações, ocorridas na semana passada, a nota salienta que nove delas ocorreram porque as pessoas foram presas ou tiveram mandado de busca e apreensão executado pela Polícia Federal. As seis restantes, embora não se tenha notícia de envolvimento delas em irregularidades, foram afastadas também por medida preventiva, já que ocupavam funções de coordenação ou de chefia;

A lista que o Diário Oficial da União publica hoje inclui um ex-coordenador-geral de Logística; outro ex-substituto do coordenador-geral; um ex-subsecretário de Assuntos Administrativos; e um ex-chefe do setor de compras de material de consumo. Todos ocuparam os cargos em algum período entre os anos de 1998 e 2003 e trabalhavam atualmente na Anvisa.

Além desses, a lista de exonerações traz outros funcionários do Ministério da Saúde: chefe do setor de transportes; chefe do almoxarifado de medicamentos; substituto do chefe do setor de transportes; e chefe de divisão de convênios. Ontem foi publicada a exoneração, também em caráter preventivo, do atual diretor-executivo do Fundo Nacional de Saúde, além de um funcionário terceirizado, contratado via projeto internacional, que foi assessor da Coordenadoria Geral de Logística entre 2001 e 2003.

O Ministério da Saúde constatou que, de 1990 até o ano passado, a chamada máfia do sangue desviou cerca de R$ 2 bilhões dos cofres públicos. Ontem, a Justiça Federal prorrogou por mais cinco dias a prisão temporária dos 14 presos.

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