Depois de Suassuna, Senado absolve Serys Slhessarenko
Depois de rejeitar a cassação de Ney Suassuna (PMDB) nesta terça-feira (28), o Conselho de Ética do Senado também absolveu a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), acusada de ligação com a máfia dos sanguessugas . A absolvição foi aprovada por unanimidade: 13 votos a favor da senadora e nenhum contrário.
O relator do processo, senador Paulo Octávio (PFL-DF), pediu a absolvição da senadora alegando que não há provas de que ela se envolveu com a máfia de compra de ambulâncias superfaturadas com emenda parlamentar. "Não existem provas de qualquer acordo da senadora por emendas. Não há omissão na sua conduta", disse o relator.
Serys foi acusada pela CPI dos Sanguessugas de envolvimento com o esquema depois que Luiz Antônio Vedoin, chefe da máfia, disse ter pago a Paulo Roberto Ribeiro, genro da senadora, um cheque de R$ 35 mil em troca de emendas dela para a compra de ambulâncias da Planam, empresa do próprio Vedoin.
O genro de Serys nega a acusação e diz que recebeu dinheiro de Vedoin pela venda de equipamentos hospitalares. Ao Conselho de Ética, Vedoin confirma o pagamento ao genro da senadora em troca de emendas, mas nega que tenha negociado pessoalmente com ela.
Para o relator, não ficou evidenciado que Serys soubesse que seu genro mantinha contatos com Vedoin. "Não foi provado que o genro da senadora estava autorizado a falar em seu nome. Não foi constatada prática incompatível com o decoro da senadora", disse o relator. Serys, por sua vez, preferiu não se manifestar.
O conselho deve conhecer ainda nesta terça o parecer sobre o processo contra Magno Malta (PL-ES), outro senador acusado de ligação com a mesma máfia. O relator do processo é o senador Demóstenes Torres (PFL-GO).