Depoimento emocionado de mãe de Isabella marca 1º dia de júri dos Nardoni

O primeiro dia do júri teve início, com atraso, após as 14h15 e terminou às 21h55.

Fonte: G1

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O depoimento emocionado de Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella, morta em março de 2008, marcou o primeiro dia do julgamento do pai da menina, Alexandre Nardoni, e da madrasta, Anna Carolina Jatobá, acusados da morte dela, nesta segunda-feira (22).

O primeiro dia do júri teve início, com atraso, após as 14h15 e terminou às 21h55.

Durante o testemunho, que começou por volta das 19h30, Ana Carolina chorou por diversas vezes. A primeira delas foi quando se recordou do momento em que encontrou a menina de 5 anos caída na grama do edifício London.

Ao relatar a trajetória da menina até o hospital, onde foi confirmada a morte da garota, a mãe chorou outras três vezes. Ana Carolina se emocionou ainda ao falar sobre uma discussão com Jatobá ainda no prédio. Segundo a mãe, a madrasta gritava muito durante todo o tempo. ?Chegou um momento que os gritos dela começaram a me irritar."

Ana Carolina disse que Alexandre jamais conversou com ela sobre o que ocorreu no apartamento, mesmo durante o velório da menina. Durante o depoimento, a mãe contou detalhes do relacionamento com Nardoni e disse que ele era violento em algumas ocasiões, chegando, inclusive, a jogar o filho no chão uma vez.

Apesar do fim do depoimento, Ana Carolina terá de ficar à disposição da Justiça. O pedido foi feito pelo advogado de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, Roberto Podval, e aceito pelo juiz Maurício Fossen. Segundo Podval, pode ser necessária uma acareação no decorrer do júri.

Podval disse ao final da sessão que, ao pedir a manutenção da mãe da Isabella no tribunal, não quis ser ?cruel?. ?A acusação arrola, deixa ela chorando ali, eu não consigo fazer pergunta e depois eu sou cruel porque eu não a dispenso??, questionou. ?Eu vou precisar ouvi-la novamente.?

Mas o promotor Francisco Cembranelli considerou ?lamentável? o pedido da defesa. ?Eu considerei lamentável, um comportamento desumano. Ana Carolina, além de perder a filha, vai ser privada de assistir ao julgamento. Vai sofrer bastante, vai ficar sozinha, absolutamente isolada?, afirmou o promotor, que ressaltou que Ana Carolina ainda passa por acompanhamento psicológico.

"Faltou bom senso. Isso mostra que para defender os interesses do constituinte passa por cima de qualquer sentimento." Segundo Cembranelli, Ana Carolina ia se juntar ao restante da família que já acompanha o julgamento na plateia. "Ela cumpriu sua obrigação e tentou esclarecer apesar do nervosismo."

Para Cembranelli, o choro de Ana Oliveira é "natural." A Promotoria dispensou o depoimento da avó de Isabella porque, segundo o promotor, ela já foi ouvida duas vezes. Segundo promotor, a frieza do pai durante o depoimento não existe. "Isso é um comportamento natural dele."

Além de Ana Carolina, uma das juradas também se emocionou durante o júri. A mãe de Isabella falava sobre o momento em que foi ao hospital após a queda e ficou sabendo da morte da menina. A jurada não se segurou e foi às lágrimas.

Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni saíram do fórum e foram levados para unidades prisionais da capital cujos endereços não foram divulgados pela polícia por questões de segurança.

Palavras-chave: Nardoni

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