Delegado determina sigilo no inquérito do caso Isabella.

Medida é anunciada após Justiça supender sigilo determinado na quarta (2).

Fonte: G1

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Medida é anunciada após Justiça supender sigilo determinado na quarta (2). Segundo SSP, determinação vale apenas para a Polícia Civil.

O delegado Calixto Calil Filho, que apura a morte da garota Isabella Nardoni, de 5 anos, determinou sigilo no inquérito policial que investiga o caso nesta segunda-feira (7). A menina caiu do 6º andar do prédio onde moram o pai dela e a madrasta, na Zona Norte de São Paulo, no dia 29 do mês passado.

A decisão do delegado ocorre logo após o Tribunal de Justiça de São Paulo anunciar a suspensão da medida judicial que determinava o sigilo do inquérito.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o juiz deixou a cargo do delegado determinar um novo sigilo. Ainda segundo a SSP, Calil Filho decidiu adotar o procedimento que está previsto no artigo 20 do Código de Processo Penal.

O artigo trata sobre a fase de inquérito policial e diz que "a autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade". De acordo com a secretaria, a determinação de sigilo feita pelo delegado vale apenas para a Polícia Civil.

O juiz Mauricio Fossen, do 2º Tribunal do Júri, que é responsável pelo caso, decidiu suspender o sigilo no inquérito policial, que havia sido determinado na quarta-feira (2). Também na quarta foi feito o decreto da prisão temporária de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta de Isabella.

Ele justificou a decisão afirmando que "o comportamento adotado pelo Ministério Público na sexta-feira (4), demonstrou que o sigilo das informações referentes ao inquérito policial não constitui formalidade imprescindível para o bom desenvolvimento das investigações". O juiz completa informando que "as informações que estavam sob sigilo foram divulgadas abertamente à imprensa".

Carta

Nesta segunda, o casal Alexandre e Anna Carolina completaram quatro dias separados, cada um em uma delegacia. A única forma de comunicação do casal foi uma carta de Alexandre para Anna Carolina, levada por um dos defensores.

Também nesta segunda, eles podem ter a primeira chance de se reencontrarem. A defesa do casal vai ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) com um pedido de habeas corpus que, se for concedido, dará ao pai e a madrasta da menina Isabella Nardoni o direito de responder o inquérito em liberdade.

Os argumentos da defesa do casal são que eles não possuem antecedentes criminais, que moram em endereço fixo e que não atrapalharam as investigações. ?Não existe nada que justificasse a decretação da prisão temporária?, afirma o advogado do casal Marco Polo Levorin.

No fim de semana, a Justiça concedeu a quebra de sigilo telefônico dos dois. Agora, a polícia poderá saber com quem eles falaram antes e depois que Isabella caiu do 6º andar do prédio.

Os policiais já estabeleceram um período para verificar as chamadas dos telefones celulares do casal: será das 18h30 do dia 29 de março ? quando Alexandre Nardoni, Anna Carolina Jatobá e as três crianças saíram de um supermercado em Guarulhos, na Grande São Paulo ? até a madrugada do dia seguinte, quando eles já sabiam que Isabella estava morta.

No instituto de criminalística, peritos começaram nesta segunda-feira a tirar o DNA do sangue, encontrado no lençol, na tela de proteção e no chão do apartamento. A comparação será feita com uma amostra de sangue de Isabella.

A perícia aguarda a chegada de mais um material para a investigação, os sapatos de Anna Carolina Jatobá e de Alexandre Nardoni. Os calçados serão comparados com uma pegada encontrada no lençol da cama da menina.

?Nós esperamos, dentro do tempo que os peritos necessitam, a apresentação do laudo do IML, que é bastante importante. Será o laudo do local do fato, mais a dos objetos recolhidos, eventuais perícias do sangue, DNA, tudo isso será analisado, em confronto com as demais provas?, completa o promotor Francisco Cembranelli.

Perícia

Alguns exames da perícia no caso Isabella devem ficar prontos nesta semana. As roupas que o pai de Isabella usava na noite em que a menina foi encontrada morta estão passando por perícia, assim como as roupas encontradas no apartamento vizinho, da irmã de Alexandre Nardoni.

Esta semana devem ficar prontos os exames de DNA das amostras de sangue que foram encontradas no apartamento do casal.

Palavras-chave: Isabella

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