Caso Eliza Samudio: ouvida última testemunha da defesa

Vereador e ex-delegado Edson Moreira prestou depoimento como testemunha arrolada pela defesa

Fonte: TJMG

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Às 13h20, após intervalo para almoço, a sessão de julgamento de Marcos Aparecido dos Santos recomeçou com o depoimento do vereador e ex-delegado Edson Moreira, testemunha arrolada pela defesa.


A testemunha confirmou informações prestadas anteriormente nesse juízo, referentes a sua vida profissional. Declarou que, durante o primeiro semestre de 2010, era o chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), atuando em vários inquéritos, orientando delegados e coordenando os trabalhos, sendo um deles sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio.

 
O promotor solicitou que as perguntas realizadas pela defesa fossem mais objetivas do que argumentativas. Indagado se a prisão dos investigados fora motivada pela apreensão do então menor Jorge Luiz, no Rio de Janeiro, a testemunha respondeu que a prisão foi requerida com base nos indícios e vestígios existentes e para que fossem resguardadas as provas, visto que teve conhecimento de que elas estavam sendo apagadas. Deu informações sobre a entrevista realizada com o menor e da diligência feita ao local do crime, e que a casa seria de Marcos Aparecido dos Santos.

 
No momento da diligência realizada na casa do executor, a testemunha alegou que estava no departamento coordenando os trabalhos, e que somente à noite ficou sabendo da identificação do proprietário da casa. Naquele momento, recomendou ao delegado Júlio a prisão daquele indivíduo, de Bruno e Luiz Henrique. A equipe foi diligenciar a procura do Marcos Aparecido, vindo a prendê-lo no bairro Jardim Leblon, cumprindo mandato de prisão temporária.

 
Quaresma indagou ao depoente se no depoimento de Eliza Samudio a polícia procurou estabelecer um limite entre as pessoas referidas por ela, no qual relata seu seqüestro no Rio de Janeiro e se foram apontados os nomes de Russo e de um rapaz negro como autores do seqüestro, ele respondeu que a polícia procurou tudo, inclusive investigar o tal de Russo.

 
Foi perguntado também, ao depoente, sobre os depoimentos de Sérgio Rosa Sales e Jorge Luís. Perguntado se Sérgio Rosa Sales tinha feito parte do pelotão de extermínio, Edson Moreira afirmou que Sérgio negou que tivesse ido ao local da execução da Eliza, apesar de o menor Jorge Luís ter afirmado que ele tinha estado presente, vindo a desmentir posteriormente.

 
Ércio Quaresma apresentou armas, como facas e revólver, e questiona se esses objetos foram encontrados na casa de Marcos Aparecido.

 
Indagado se alguma mão de Eliza foi cortada naquele local, respondeu a testemunha que não e qualificou Marcos Aparecido como “especialista na arte de matar”. O ex-delegado acredita que, ao entregarem Eliza ao suposto executor, ele a asfixiou na presença de Luiz Henrique e do então menor Jorge Luiz. Em seguida, Edson Moreira descreveu detalhes da execução, alegando que houve simulação por parte do executor com intuito de evitar que Luiz Henrique e Jorge Luiz soubessem do destino que seria dado ao corpo.


Ércio Quaresma pergunta a Edson Moreira se ele sustenta o que disse nas entrevistas que deu na fase de conclusão do inquérito policial e ele afirma ter dito o que tinha sido coletado sobre os fatos nas investigações e questiona a perícia de levantamento de local feita na residência de Marcos Aparecido.

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