Carta pode esclarecer se professora calou alunos com fita crepe

SÃO PAULO - A professora Maria Ivone Pinheiro, de 40 anos, acusada de ter calado com fita crepe três alunos da 1ª série do ensino fundamental, da Escola Estadual Nathanael Silva, em Várzea Paulista, no interior de São Paulo, negou nesta quinta-feira as acusações em depoimento à polícia, que apura a denúncia de maus-tratos contra os alunos.

Fonte: Diário de S.Paulo

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SÃO PAULO - A professora Maria Ivone Pinheiro, de 40 anos, acusada de ter calado com fita crepe três alunos da 1ª série do ensino fundamental, da Escola Estadual Nathanael Silva, em Várzea Paulista, no interior de São Paulo, negou nesta quinta-feira as acusações em depoimento à polícia, que apura a denúncia de maus-tratos contra os alunos.

Segundo a polícia, a existência de uma carta escrita pela professora contando sobre os fatos pode colaborar para o término das investigações. Foi apurado pelos policiais que a carta teria sido escrita pela professora Maria Ivone logo após a reclamação feita por Fabiana Pereira do Nascimento, mãe de um dos alunos possivelmente castigado pela professora. Maria Ivone teria deixado a carta com o diretor substituto da escola, Eduardo Maffasoli.

- Já pedimos ao diretor que, quando viesse prestar seu depoimento, nos trouxesse essa carta, pois pode ser uma prova importante - disse o delegado Souza. Maffasoli não confirmou a existência da carta.

Além da carta, cuja existência ainda não foi confirmada, há também o registro do caso no chamado 'livro preto' da escola, que detém todas as ocorrências envolvendo alunos e professores.

Maria Ivone, porém, já havia admitido ter calado os alunos como uma "brincadeira", conforme relatado pelo diretor substituto. A professora chegou à delegacia de Várzea Paulista quase uma hora antes do horário marcado para o depoimento. Para se proteger da imprensa, ela chegou ao local com um saco plástico preto cobrindo a cabeça acompanhada por seu advogado. Da mesma maneira ela deixou a delegacia, cerca de 20 minutos depois, sem dar declarações.

De acordo como delegado Hamilton de Souza, que conduz as investigações, a professora deu apenas uma declaração durante o depoimento.

- Ela disse apenas que as acusações não são verdadeiras - afirmou Souza.

Segundo o delegado, até a próxima segunda-feira, as investigações devem ser concluídas e o caso encaminhando ao Tribunal de Pequenas Causas.

- Aí, um juiz vai determinar se ela é ou não culpada- completou. A pena para o crime de maus-tratos é de até 2 anos de detenção. A polícia já ouviu até agora as mães e dois alunos que teriam sofrido o castigo imposto pela professora. Mais duas mãe e alunos, além do diretor substituto da escola, devem ser ouvidos nos próximos dias.

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2 Comentários

Jorge Tardin Advogado11/12/2004 17:19 Responder

Se tal fato acorreu fere de morte todos os fundamentos da pedagogia e da boa conduta do educador diante daquele que deseja adquirir conhecimentos. Numa sociedade de poderes e dominações como a nossa, o detentor do conhecimento, detém, também, poderes e, às vezes, diante daquela "frágil" pessoa que ainda não teve acesso ao conhecimento técnico se apresenta como verdadeiro tirano e utiliza-se do conhecimento para se sobrepor ao mais fraco na relação aluno/educador. Jorge Tardin - www.tardin.com.br

Sonia Rosa Martins advogada13/12/2004 1:54 Responder

O professor como educador colabora com os pais na formação da criança, não podemos admitir que um educador use este tipo de meio repressivo. Elogiável a atitude dos pais que denunciaram tal fato.

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