Boate Kiss: subprocurador diz que críticas ocorrem por falta de informação

Para Marcelo Dornelles, é preciso analisar e conhecer o caso antes de atacar o Ministério Público

Fonte: Último Segundo

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O subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Marcelo Dornelles, disse que as críticas de parentes das vítimas do incêndio na Boate Kiss e da imprensa são resultado da falta de informação. Segundo ele, é preciso analisar e conhecer o caso antes de atacar o MP (Ministério Público). Dornelles participou nesse domingo (26) do segundo dia do 1º Congresso Internacional Novos Caminhos, que debate segurança e prevenção de acidentes.


O representante do MP foi questionado pelos participantes do congresso sobre as divergências entre a denúncia dos procuradores e a conclusão do inquérito da Policia Civil. A investigação policial pediu o indiciamento de 16 pessoas. O documento foi encaminhado ao MP, que denunciou formalmente oito pessoas, e a Justiça acatou a denúncia.


Para Dornelles, o órgão denunciou oito envolvidos porque os fatos não comprovaram a responsabilidade criminal dos outros indiciados, como é o caso de servidores municipais e agentes do Poder Executivo municipal. “Na avaliação feita, comprovou-se que os servidores agiram com regularidade. Não vamos criar fatos nem acusações por vingança, como muita gente quer.”  Ele admitiu, contudo, que o MP pode voltar atrás e rever a denúncia, caso haja novas provas.


Até o fim de fevereiro, o delegado regional de Santa Maria, Marcelo Arigony, espera concluir mais dois inquéritos sobre o caso, que evidenciam irregularidades que tinham sido apontadas no primeiro documento. “Os novos inquéritos não vão mudar o rumo do processo. Só vão reforçar as falhas que já tínhamos apontado antes”. Sobre  as conclusões, o delegado evitou falar, mas reafirmou que há provas materiais de que houve irregularidades na liberação de licenças da boate.


Foram denunciados pelo Ministério Público por  homicídio doloso qualificado – em que a pessoa assume o risco por sua atitude – os ex-sócios-proprietários da boate Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, o vocalista da Banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, que acendeu o artefato pirotécnico, e o produtor do grupo musical, Luciano Augusto Bonilha Leão, que comprou os fogos.

Palavras-chave: direito público boate kiss tragédia de santa maria

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