Auxiliar de enfermagem admite ter injetado vaselina em menina e é indiciada em SP
Stephanie foi internada com dores abdominais, diarréia e vômito, e morreu na madrugada de sábado (4/11), após receber a dose de vaselina
A auxiliar de enfermagem de 26 anos que atendeu Stephanie dos Santos Teixeira, 12 na última sexta-feira no hospital São Luiz Gonzaga, no Jaçanã (zona norte de São Paulo), admitiu, em depoimento à polícia nesta quarta-feira, que aplicou vaselina em vez de soro na veia da menina. Ela foi indiciada sob suspeita de homicídio culposo (sem intenção de matar).
O advogado da auxiliar, Roberto Vasconcelos da Gama, afirmou que sua cliente foi induzida ao erro. "O recipiente preparado pela Santa Casa [mantenedora do hospital] não dispunha de elementos esclarecedores que desse a ela condições de saber que se tratava de vaselina líquida".
De acordo com o advogado, o setor onde estava a vaselina era apenas para soro fisiológico e glicosado --que teria a densidade mais parecida com a da vaselina. "Não era de conhecimento dela de que, naquele lugar, haveria vaselina --que nem intravenosa é-- no recipiente igual e com a mesma diagramação do soro", afirmou Gama.
O defensor da auxiliar também disse que a vaselina foi usada no pronto-socorro infantil --onde a auxiliar atua-- para o atendimento de uma criança queimada e lamentou a morte da criança. "[O erro] Não pode acontecer, é lamentável, mas aconteceu porque se trata de ser humano. Foi erro também de quem não pensou na política correta de acondicionar aquilo", disse Gama.
Segundo o advogado, a auxiliar é formada há dois anos e trabalha há um ano e meio no hospital.
O delegado Antônio Carlos Corsi, do 73º Distrito Policial (Jaçanã), --responsável pelo inquérito-- afirmou que a auxiliar está "muito traumatizada" e chorou durante o depoimento. "Ela disse que a maior pena que alguém vai responder será dela porque foi um procedimento dela que causou um homicídio", disse Corsi.
A auxiliar explicou ao delegado que pegou dois frascos, um em cada mão. "Em um dos frascos ela leu hidratação e, no outro, ela disse ter visto hidratação, mas era vaselina. É um erro, aconteceu, não foi vontade dela, mas é imperdoável, que não pode acontecer no caso de um enfermeiro", afirmou o delegado.
Sobre o argumento de que a vaselina não poderia estar guardada junto com o soro, o delegado afirmou que ainda vai apurar a informação. "Segundo informações que recebemos da Santa Casa, disseram que isso nunca ocorreu e que a medicação é usada dessa forma há muito tempo. Vamos apurar se o hospital também tem responsabilidade", afirmou Gama.
O delegado afirmou que oito pessoas já foram ouvidas e ainda restam mais quatro. Hoje, além da auxiliar, dois médicos que atenderam Stephanie prestaram depoimento. Eles deixaram a delegacia sem falar com a imprensa.
O inquérito deve ser concluído até sexta-feira (10). A profissional pode pegar de um a três anos de detenção.
A Santa Casa abriu sindicância para investigar o caso e afastou a equipe que atendeu Stephanie. A assessoria do hospital não foi encontrada hoje para comentar o depoimento da auxiliar.
JOAO NOVAIS SERVIDOR PÚBLICO10/12/2010 1:31
A envasadoura e laboratório destes produtos deverá ser no mínimo, responsabilizados visto se tratarem de medicamentos com especificação e fins tão diferentes, e, serem as embalagens e rótulos idênticos, e com resultado final, que através de uma ministração errada produzir fins danosos e irreparáveis. Não ah como, estas não serem responsabilizadas, visto não se tratar, apenas de uma fatalidade, mais de um poço de irresponsabilidade, de todo o conjunto a partir do envasamento, por danos morais, materiais e criminal. Mais sem, no entanto, isentar o hospital bem como médicos e enfermeira. Que esta família possa ser bem orientada em busca de seus direitos, mais, que tenha muita cautela, para não cair nas mãos de exploradores inescrupulosos. A esta família nossos sentimentos de pesar, pelo incidente. Abrs
sem nome estudante11/12/2010 3:01
parabens, joão novais, venho acrescentar que não devemos jogar a responsabilidade total sobre tal funcionária, já que em unidade básica de atentimento temos uma equipe medica, supervisora de enfermagem; muitas vezes não tem um ciclo que sejam avaliados por ser pares como o controle de qualidade no serviço publico, má qualidade de salario, má condições de trabalho, etc......
PEDRO auxiliar de enfermagem13/12/2010 20:21
ESSE ERRO FOI LAMENTAVEL, POIS FOI FATAL,MAIS TEMOS QUE LEMBRAR QUE SOMENTE DEUS NÃO ERRA,TODOS NÓS QUE TRABALHAMOS NA SAÚDE PRINCIPALMENTE ESTAMOS SUJEITO A ERROS MESMO IRRECOMPENSÁVEL DIGO A VC AUXILIAR SE APEGUE A DEUS QUE ELE CONCERTEZA TE DARÁ PAZ A FAMILIA TAMBEM SE APAGUE A DEUS QUE DEUS CONCETEZA TE AJUDARÁ...........