Autor fala em relançar livro proibido com novo título e sem foto de Isabella

Novo livro vai chamar 'O Livro da Verdade Proibida', diz Paulo Papandreu. Mãe da menina morta em 2008 entrou com ação judicial contra o material.

Fonte: G1

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Novo livro vai chamar 'O Livro da Verdade Proibida', diz Paulo Papandreu. Mãe da menina morta em 2008 entrou com ação judicial contra o material.

Mesmo após ter seu livro ?Isabella? vetado pela Justiça paulista, na semana passada, o escritor gaúcho Paulo Papandreu afirmou nesta terça-feira (5) que pretende reeditar a publicação, dessa vez, com um novo título: ?O Livro da Verdade Proibida?. Além disso, o autor disse que irá tirar a foto da menina, que consta na primeira edição. Assim como o livro, a imagem da garota também não havia tido a autorização da família para ser divulgada.

Na semana passada, Ana Carolina e sua advogada, Cristina Christo, obtiveram na Justiça uma liminar favorável pelo recolhimento dos exemplares do livro ?Isabella", que teve a venda proibida. As duas haviam entrado com uma ação indenizatória por danos morais contra a publicação.

Em março de 2008, a menina, então com 5 anos, morreu após cair do 6º andar do prédio onde o pai morava, na Zona Norte de São Paulo. Para a polícia e o Ministério Público, ela foi jogada da janela pelo pai, Alexandre Nardoni, e pela madrasta, Anna Carolina Jatobá. O casal está preso acusado do crime. Ambos alegam inocência. No livro, Papandreu sugere que Isabella caiu sozinha, que morreu por conta de um acidente doméstico, o que inocenta os Nardoni.

Papandreu fez questão de dizer nesta terça que constituiu um advogado para recorrer da decisão judicial. E ainda declarou que a proibição para a distribuição e venda de seu livro pode ter um efeito contrário. O G1 não conseguiu localizá-lo para comentar o assunto.

?No Brasil de hoje, livro proibido chama mais a atenção do que alguém atravessando a Avenida Paulista e arrastando por um pé o cadáver de uma freira. Graças a Deus?, afirmou Papandreu, por telefone.

?O veto é para o livro Isabella, portanto o livro reeditado não vai se chamar mais Isabella, não terá foto e nem nome da menina?, disse o escritor gaúcho, que pretende manter os nomes das pessoas envolvidas na reedição do livro. ?Se a história é verdadeira, tenho que manter os nomes verdadeiros.?

Indenização não definida

De acordo com Cristina Christo, o valor da indenização pela ação por danos contra o livro só será estipulado pelo juiz Edmundo Lellis Filho na sentença, que só deverá ocorrer em 2010. Ela nega ter sugerido algum valor.

?Pelos trâmites normais, o escritor e a editora que o imprimiu terão de ser comunicados oficialmente da decisão e apresentarem defesa em 15 dias. Depois, eu terei mais dez dias para responder. Aí, eles terão de vir a São Paulo para uma audiência. A sentença final do juiz só sairá no próximo ano. Aí, ele vai definir um valor para indenização?, disse a advogada.

Ana Carolina também havia dito no domingo que o valor da reparação ainda não foi estipulado. ?O processo começou agora?.

O G1 apurou que o que há na ação é o valor do processo, para cobrir honorários etc, que é de cerca de R$ 200 mil.

Recurso

Papandreu informou que pretende recorrer da decisão da Justiça. "Acho que estão ferindo meu direito de liberdade de expressão. Vou recorrer, claro", disse ele, neste domingo. O médico de Santa Maria (RS) afirmou ter recebido com "surpresa" a notícia. "Fiquei sabendo no sábado. Quero ver o que vão fazer com os livros agora. Não consigo imaginar por que fizeram isso. Estou incrédulo porque não caluniei, não menti e não injuriei".

Segundo ele, em São Paulo, havia 3 mil exemplares de "Isabella". Papandreu ressaltou que ainda não foi informado oficialmente sobre a decisão do juiz. "Eu soube por uma conhecida que pegaria os livros em um hotel de São Paulo para doação. Disseram a ela que a Justiça mandou recolher".

Palavras-chave: Isabella

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1 Comentários

ANA MARIA advogada08/10/2009 12:26 Responder

NÃO É POSSÍVEL QUE ESSE MÉDICO AINDA INSISTE EM PUBLICAR UM LIVRO SEM NEXO E SEM FUNDAMENTO.A JUSTIÇA TEM QUE DAR UM BASTA NESSE PROFISSIONAL COMPRADO PELA FAMÍLIA NARDONI.ESTÁ MAIS DO QUE PROVADO QUE NÃO FOI ACIDENTE DOMÉSTICO E QUE A TELA PRECISAVA SER CORTADA COM FORÇA POR UM ADULTO. UMA CRIANÇA NÃO CONSEGUE...NÃO EXISTE VERDADE PROIBIDA. A VERDADE JÁ ESTÁ ESTAMPADA NA FRIEZA DOS NARDONIS QUE ESTÃO MAIS PREOCUPADOS EM SE LIVRAREM DA CULPA. MAIS FEIO AINDA É ESSE MÉDICO QUE ESTÁ TIRANDO VANTAGEM ENCIMA DE UM BARBARIDADE DESSAS.A OPINIÃO DE CADA UM DEVE SIM SER RESPEITADA, MAS COM INTELIGÊNCIA E LIMITES.UMA VIDA DE 5 ANOS FOI INTERROMPIDA BRUSCAMENTE E PAROU O PAÍS PELA BRUTALIDADE. E SE FOSSE COM O FILHO DESSE MÉDICO???SERÁ QUE ELE ESTARIA PENSANDO QUE FOI ACIDENTE DOMÉSTICO???FALARIA EM VERDADE PROIBIDA???ESSA SITUAÇÃO TODA JÁ VIROU FALTA DE RESPEITO COM A ISABELLA.SABEMOS COMO FUNCIONA A JUSTIÇA BRASILEIRA, MAS NESSE CASO, TEM DE SER APLICADA COM RIGOR TANTO PARA QUEM PRATICOU O CRIME E PARA AQUELE QUE ESTÁ TIRANDO PROVEITO DA SITUAÇÃO.ESSE MÉDICO PODE NÃO TER FILHOS, MAS POR FAVOR, RESPEITE A MEMÓRIA DA ISABELLA E PARE COM ESSA PALHAÇADA.

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