Audiência para divisão de patrimônio acaba em reconciliação do casal 2

Casal em processo de divórcio foi à audiência para dividir o patrimônio avaliado em R$ 5 milhões e acabou saindo reconciliado

Fonte: TJSC

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Entre as muitas audiências programadas pela 2ª Vara da Família de Joinville, uma, na segunda-feira, primeiro dia do mutirão, chamou a atenção. Um casal, em processo de divórcio, foi à audiência para dividir o patrimônio avaliado em  R$ 5 milhões. Ao término do encontro, não só decidiram pela não divisão dos bens, como pela reconciliação. Para Ridiana Ortiz dos Santos, assessora de gabinete e conciliadora, “esse exemplo mostra que as partes já chegam prontas para a conciliação e boas surpresas acabam acontecendo”.


Titular da 2ª Vara da Família, a juíza de direito  Hildemar Meneguzzi de Carvalho acredita na conciliação como forma de desafogar o Judiciário, bem como de ajudar as partes a encontrarem soluções para seus conflitos. “O ser humano, quando percebe que não é o outro que impõe ou decide por ele, se sente mais realizado. A conciliação é uma instrumento de mediação para que as partes percebam que a solução está nas mãos delas”, disse Hildemar.


A juíza acompanhou uma audiência onde o pai pediu exoneração de alimentos da ex-esposa  e do filho maior. Após ouvir as alegações do pai para tal pedido -falta de recurso por estar desempregado -, a juíza conversou com ele e o filho. Procurou mostrar a cada um, a importância da existência do outro. Após interceder, buscou–se uma solução: a ex-esposa, ainda jovem, poderia aos poucos deixar de ganhar os alimentos, e o filho, caso comece a faculdade (fará vestibular na próxima semana), voltaria a se reunir com o pai para um acordo entre os dois.  “Esse acolhimento às partes é impossível no dia a dia das audiências, pois não temos tempo de ouvir as partes”, esclareceu a magistrada, e acrescentou, “em uma audiência de conciliação, as parte vem mais desarmadas."

Palavras-chave: reconciliação; divórcio; audiência; casal

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2 Comentários

Robson Sinomar Q. da Silva Consultor Jurídico02/12/2010 11:25 Responder

Sinal dos tempos. No século passado, casava-se sem que os noivos pessoalmente se conhecessem, diante da simples vontade dos pais que decidiam e acertavam tudo. Hoje em dia, os cifrões das contas bancárias ou do volume patrimonial, é que decidem com quem se deve casar, quando se separar ou porque se reconciliar.

JOÃO Ananias MACHADO BB-Aposentado11/12/2010 20:35 Responder

Que nada! Um deles verificou que lhe adviriam prejuízos financeiros de consequências irreversíveis, urdindo para outra oportunidade a oficialização do desenlace matrimonial; sem dúvida, o \\\"acordo\\\" ocorrera por iniciativa do cônjuge feminino, este que, antes do casamento, com aquela voz suave, meiga, aveludada, sussurra sempre: \\\"meu bem pra cá\\\", \\\"meu bem pra lá\\\"; depois do casamento, agora com \\\"voz crespa\\\", verbera sem piedade seus impulsos interesseiros: \\\"passa já todos os bens pra cá\\\". Na maioria das vezes, conseguem! E só nos resta matutar muito na questão: \\\"se mulher fosse bom, Deus tinha uma\\\"!!!

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