Após 22 dias, professores da rede municipal de SP encerram greve
Paralisação foi iniciada em 3 de maio e afetou, ao menos, 28% das escolas municipais da capital
Os professores da rede municipal de São Paulo decidiram, em assembleia em frente à prefeitura nesta sexta-feira (24), encerrar a greve. A paralisação foi iniciada em 3 de maio e afetou, ao menos, 28% das escolas municipais da capital.
Os docentes terão de repor as aulas nos dias parados ou terão desconto na folha de pagamento. A reposição deve acontecer durante o período de férias de julho. Desde o início da greve, foram perdidos 16 dias letivos.
A principal reivindicação da categoria era uma reposição salarial de 17%, referente a perdas da inflação desde 2011, além do acordo feito com a gestão Gilberto Kassab.
A Secretaria Municipal da Educação garantiu apenas a continuidade no acordo: um aumento de 10,19% em maio deste ano e outro de 13,43% previsto para o mesmo período de 2014.
Em entrevista ao UOL no dia 8 de maio, o secretário César Callegari afirmou que será feito o pagamento do PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional) em duas parcelas: junho de 2013 e janeiro de 2014. O valor, segundo o secretário será de, no mínimo, R$ 2.400 para os professores que trabalham 40 horas semanais.
De acordo com a Secretaria Municipal da Educação, está sendo negociado ainda um conjunto de dez propostas e programas de governo que incluem, entre outras coisas, a ampliação e melhoria do Programa de Educação Inclusiva na rede municipal, aumento do número de professores e servidores nas escolas e criação de um sistema de segurança escolar com a participação dos educadores.
Discussão
Na semana passada, a prefeitura de São Paulo veiculou na televisão e nos rádios uma propaganda sobre o reajuste concedido aos professores da rede municipal.
Os professores consideraram a publicidade uma forma do governo tentar colocar a população contra o movimento dos professores e chamaram a propaganda de "enganosa"