AMB cria concurso para simplificação da linguagem jurídica

Fonte: TJMS

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6 Comentários

Sandra M. D. da Silveira da Silva Acadêmica de Direito30/09/2005 23:31 Responder

Prezados Juristas, Simplificar sem que haja perda da tradição. Popularizar a língua mas sem cair nos chavões e mediocridade. A língua brasileira tem homicidas que precisam ser reeducados com urgência, inclusive entre os profissionais do Direito. Atenciosamente, Sandra Silva

José Alexandre Consultor02/10/2005 19:21 Responder

A minha opinião é que devemos apoiar a linguagem que possa ser entendida por todos. Não vejo vantagem em se expressar de forma técnica, e rebuscada, colocando barreiras à compreesão comum.

fátima professora de L.Portuguesa03/10/2005 11:21 Responder

Como mestranda em L.Portuguesa-Discurso Jurídico vejo a simplificação da Linguagem Jurídica favorável aos bacharéis e à população em geral, porém não podemos deixar que essa facilidade de compreensão seja levada ao extremo, tornando-a ridícula ou medíocre. Creio que a classe precisa manter o padrão da língua culta.

André V. Lino de Souza Servidor Público e bacharelando em Direito03/10/2005 19:23 Responder

A necessidade de simplificar a linguagem forense é evidente. Contudo esbarra em questões delicadas, muito mais significativas que o uso ou não do português padrão. Que o uso culto deve permanecer, não há dúvida. As gramáticas reúnem regras fundadas e que expressam o melhor de nossos melhores autores que lapidam a matéria bruta da língua. Acredito que o impasse central da simplificação é o reconhecimento de que a Dogmática Jurídica é ciência. Como tal, ampara-se em linguagem que, sem rigor terminológico, não se torna capaz de traduzir o fenômeno jurídico. Há expressões e formas da língua que aglutinam a tradição do saber jurídico. Temos o exemplo dos latinismos. Excluir o uso de expressões latinas é, sem dúvida, um modo de desobstruir a compreensão dos textos forenses. Mas há um porém. A sabedoria dos juristas romanos e dos que o sucederam cristalizaram-se em formas do latim. Essas adquirem tanto uma função mnemônica como a de condensar consquistas doutrinárias. Eliminar o uso da linguagem técnica - instrumento de uma ciência ou arte - não parece ser o caminho. Com efeito, a argumentação que fundamenta as peças e atos processuais vale-se da linguagem construída pelos jurístas através do português vulgar. Não é o uso da linguagem científica que prejudica a compreensão, mas seu abuso. Há os que escrevem com acuidade e clareza e os que - em percepção distorcida do que seja um belo estilo - obscurecem a comunicação. Ambos, com as mesmas águas, dão vazão a (dis)cursos opostos. O primeiro alcança a calma e limpidez dos espelhos d'água; o outro, as quedas turvas e pedregosas das caichoeiras. A campanha deve conscientizar aqueles que subvertem a língua, de um instrumento de comunicação a um meio de dominação pela ignorância.

Herilene Moreira estudante - Direito08/11/2006 22:17 Responder

Venho da area da saúde, e temos que sabe os termos técnicos "aneurisma de aorta discecante que dizer- estrangulamento na aterial com dissecação". E por que, que nos juridíco não pode ser falado, pode sim, cada profissional tem o dirito de falar com seus termos tecnicos e particulariedade , estudamos dez semestres e estudamos muito para poder dizer o Direito como deve ser dito e quem quiser acompanhar etude para tanto. Até porque temos a questão de sigilo. Quem estuda sempre será um bom profissional e quem não estuda corre atrás . Herilene

Ana Carolina advogada e consultora de imigracao27/05/2013 0:49 Responder

Simplificar a linguagem nao significa tornar um bom trabalho em um de inferior qualidade, mas tornar esse mesmo trabalho claro a outros profissionais e leigos. Acho importante que isso aconteca nos orgaos do Judiciario, mas gostaria de ver essa mudanca tambem nas leis publicadas, no meu contrato de locacao, na minha conta de luz, contrato de seguro etc. Existe uma diferenca entre jargao e termo tecnico. O termo tecnico e muitas vezes necessario, ja os jorgoes sao dispensaveis e muitas vezes - de tanto serem utilizados por certos profissionais, as pessoas pensam que fazem parte da linguagem tecnica da profissao. Para que dizer \\\"com supedaneo\\\" se posso simplesmente dizer \\\"com base\\\"? O texto se torna inferior caso se aplique essa mudanca? Respeito opinioes contrarias, mas acho dificil alguem me convencer da necessidade de manutencao do \\\"supedaneo\\\" e seus afins em um texto juridico. Para quem se interessar pelo tema, recomendo uma excelente palestra disponivel no Youtube (Sandra Fisher - The right to understand): http://www.youtube.com/watch?v=tP2y0vU7EG8 Desculpe pela falta de acentuacao. Ana

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